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Trabalhadores entram em greve em SP após LG deixar mercado de smartphones

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, as três fábricas produzem produtos para a empresa sul-coreana e os 430 funcionários estão ameaçados de serem demitidos

LG: o Sindicato de São José dos Campos entrou na segunda-feira com uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) e apresentou denúncia contra a LG (Getty Images)

LG: o Sindicato de São José dos Campos entrou na segunda-feira com uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) e apresentou denúncia contra a LG (Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de abril de 2021 às 15h54.

Última atualização em 6 de abril de 2021 às 15h59.

Os trabalhadores das fábricas Blue Tech e 3C, em Caçapava, no interior paulista, e Sun Tech, em São José dos Campos (SP), entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira, 6, como protesto pela decisão da LG em deixar o mercado de telefones celulares.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, as três produzem produtos para a empresa sul coreana e os 430 funcionários estão ameaçados de serem demitidos, caso se confirme o fechamento das fábricas.

"Caso se esgotem as possibilidades de permanência das fábricas na região, a luta será para garantir que todos benefícios pagos aos trabalhadores da LG sejam estendidos às funcionárias da Blue Tech, Sun Tech e 3C", diz o sindicato, em nota.

Eles irão realizar reunião nesta terça-feira com a Sun Tech para discutir a situação.

O Sindicato de São José dos Campos entrou na segunda-feira com uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) e apresentou denúncia contra a LG e suas fornecedoras por demissão coletiva em plena pandemia, ausência de negociação prévia, falta de transparência e de boa-fé.

"O clima nas fábricas é de indignação e muita preocupação. Estamos num momento de alto índice de desemprego, desindustrialização e pandemia. Vamos pressionar os governos para que cobrem da LG a preservação de todos os postos de trabalho", afirma o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.

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