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Trabalhadores da Ford em São Bernardo paralisam atividades

A decisão, segundo o sindicato, foi tomada em protesto à resistência da montadora em renovar medidas de ajuste

Ford: a paralisação ocorre em meio a uma crise do mercado de veículos no Brasil, cujas vendas caem desde 2013 (Paulo Whitaker / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2016 às 19h55.

São Paulo - Trabalhadores da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo decidiram paralisar a produção por 24 horas nesta segunda-feira, 9, informou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

A decisão, segundo o sindicato, foi tomada em protesto à resistência da montadora em renovar medidas de ajuste como o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e o lay-off (suspensão temporária dos contratos).

A paralisação ocorre em meio a uma crise do mercado de veículos no Brasil, cujas vendas caem desde 2013.

"Nós concordamos em discutir a competitividade, como fazemos sempre com as montadoras sediadas aqui no ABC, mas neste momento entendemos que fazer isso é justamente continuar utilizando mecanismos como PPE e lay-off", afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques, para os cerca de quatro mil trabalhadores presentes na assembleia em que a decisão foi tomada.

Marques afirmou também que a situação enfrentada hoje pela Ford é resultado ainda de uma série de erros cometidos pela própria empresa.

"A Ford é uma das montadoras que mais importam peças. Quando o dólar começou a inverter a tendência, abordamos esse assunto com a fábrica e sugerimos que ela montasse uma equipe para nacionalizar as peças, pois seria bom para a empresa e para o País. Isso não foi feito e, hoje, com o dólar alto, o custo das peças importadas pesa bastante", disse.

Em nota, a Ford afirmou que está em negociação com os sindicalistas para tratar da queda no volume de produção da indústria automotiva e os consequentes impactos na força de trabalho da empresa.

A partir de amanhã, haverá novas rodadas de negociação entre o sindicato e a empresa. Marques, do sindicato, tem a expectativa de que se possa construir uma negociação em novas bases.

"Nossa paralisação de hoje foi um alerta à direção. Queremos construir alternativas conjuntas, de forma responsável, mas os trabalhadores estão deixando claro que estão dispostos a lutar pela manutenção dos seus empregos e direitos", ressaltou.

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São Paulo - Trabalhadores da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo decidiram paralisar a produção por 24 horas nesta segunda-feira, 9, informou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

A decisão, segundo o sindicato, foi tomada em protesto à resistência da montadora em renovar medidas de ajuste como o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e o lay-off (suspensão temporária dos contratos).

A paralisação ocorre em meio a uma crise do mercado de veículos no Brasil, cujas vendas caem desde 2013.

"Nós concordamos em discutir a competitividade, como fazemos sempre com as montadoras sediadas aqui no ABC, mas neste momento entendemos que fazer isso é justamente continuar utilizando mecanismos como PPE e lay-off", afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques, para os cerca de quatro mil trabalhadores presentes na assembleia em que a decisão foi tomada.

Marques afirmou também que a situação enfrentada hoje pela Ford é resultado ainda de uma série de erros cometidos pela própria empresa.

"A Ford é uma das montadoras que mais importam peças. Quando o dólar começou a inverter a tendência, abordamos esse assunto com a fábrica e sugerimos que ela montasse uma equipe para nacionalizar as peças, pois seria bom para a empresa e para o País. Isso não foi feito e, hoje, com o dólar alto, o custo das peças importadas pesa bastante", disse.

Em nota, a Ford afirmou que está em negociação com os sindicalistas para tratar da queda no volume de produção da indústria automotiva e os consequentes impactos na força de trabalho da empresa.

A partir de amanhã, haverá novas rodadas de negociação entre o sindicato e a empresa. Marques, do sindicato, tem a expectativa de que se possa construir uma negociação em novas bases.

"Nossa paralisação de hoje foi um alerta à direção. Queremos construir alternativas conjuntas, de forma responsável, mas os trabalhadores estão deixando claro que estão dispostos a lutar pela manutenção dos seus empregos e direitos", ressaltou.

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