Toyota lança novo controle de qualidade coordenado por estrangeiros
Toyota City, Japão - A Toyota lançou nesta terça-feira um novo órgão de controle de qualidade integrado em grande parte por estrangeiros, uma novidade forçada pela crise de falhas técnicas que obrigaram a maior montadora japonesa a convocar o recall de quase nove milhões de veículos em todo o mundo. A Toyota nomeou 11 diretores […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
Toyota City, Japão - A Toyota lançou nesta terça-feira um novo órgão de controle de qualidade integrado em grande parte por estrangeiros, uma novidade forçada pela crise de falhas técnicas que obrigaram a maior montadora japonesa a convocar o recall de quase nove milhões de veículos em todo o mundo.
A Toyota nomeou 11 diretores de qualidade, dos quais sete não são japoneses, procedentes das filiais do grupo em todo o mundo. Estes funcionários serão reunidos em um "comitê especial para a qualidade mundial", que será coordenado pelo vice-presidente do grupo, Shiniichi Sasaki.
"Os diretores de qualidade ouvirão de forma direta os clientes de suas regiões. Participarão, em nossa sede mundial, nas decisões de anunciar recalls de veículos do mercado e outras medidas de segurança", explicou o presidente da Toyota, Akio Toyoda.
A Toyota teve que convocar recalls de quase nove milhões de carros com defeitos em todo o mundo nos últimos seis meses. As falhas afetavam o sistema de freios e o pedal do acelerador de vários modelos.
A crise tem sido desastrosa para a imagem da maior montadora mundial, muito criticada pela reação lenta e confusa.
Os problemas também criaram para a empresa a perspectiva de processos milionários nos Estados Unidos.
"Faremos todo o possível para recuperar a confiança de nossos clientes", afirmou Toyoda em uma entrevista coletiva em Toyota City, a sede da empresa no centro do Japão.
Toyoda se apresentou ao lado dos novos diretores de qualidade, entre eles chineses, americanos, um tailandês e um francês.
A injeção de cosmopolitismo é inédita na Toyota, cujo único estrangeiro nomedo até hoje para o conselho de administração, o americano Jim Press, foi demitido em 2007 após cinco meses.