Toyota abrirá três novas fábricas até 2009

A Toyota planeja abrir três novas fábricas na China, na Índia e nos Estados Unidos até 2009 como parte do plano de alcançar 15% do mercado mundial até 2010, incluindo nessa fatia as vendas de suas afiliadas Daihatsu Motors e Hino Motors. A montadora espera aumentar sua capacidade de produção para 450.000 veículos por ano.

A empresa japonesa, que recentemente ultrapassou a Ford e se tornou a número dois do mundo em vendas, tem agora como meta passar também a General Motors (GM). De acordo com o americano The Wall Street Journal, a compania espera que as vendas mundiais de automóveis crescam 12% até 2010, passando das 65 milhões de unidades vendidas para 73 milhões. A Toyota espera aproveitar a boa fase de vendas em mercados emergentes como Brasil, Rússia, Índia e China.

O crescimento da demanda não é esperado apenas pela montadora. A firma de consultoria e pesquisas econômicas Global Insight afirma que as vendas globais de veículos nos próximos cinco anos vão crescer 3,2 pontos percentuais mais rápido que nos cinco anos anteriores. É uma boa notícia depois de décadas de crescimento lento, especialmente nos Estados Unidos e na Europa Ocidental. "Os países emergentes são a alavanca do crescimento e as montadoras que dominam esses mercados serão as campeãs de vendas globais", diz Masaki Taketani, um dos diretores do escritório de pesquisas da indústria automobilística CSM Worldwide.

Os analistas acreditam que a tarefa da Toyota não será fácil, já que a maior parte da demanda dos países em desenvolvimento é por carros de baixo custo. Isso pode ser alcançado com mais facilidade pelos concorrentes nacionais daqueles países. As montadoras de países emergentes da África e do Oriente Médio conseguem desenvolver modelos de até 5.000 dólares. Os investimentos em mercados emergentes ainda são considerados de risco considerável. O Brasil, por exemplo, que já há muitos anos é visto como uma região de grande potencial, passou por altos e baixos nas últimas décadas.

Poucas montadoras, no entanto, possuem recursos para competir como a Toyota, que recentemente anunciou 3,44 bilhões de dólares de lucro no terceiro trimestre. A GM, a Ford e a DaimlerChrysler lutam para se recuperarem das perdas com as operações americanas, enquanto a Renault e a Wolksvagen lidam com lucros abaixo do esperado na Europa.