Three Gorges mira usinas da Cesp em leilão de hidrelétricas
A chinesa está interessada nas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, que pertenciam à Cesp e terão a concessão ofertada em um leilão de usinas existentes
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2015 às 20h23.
São Paulo - A chinesa Three Gorges Corporation está fortemente interessada nas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, que pertenciam à paulista Cesp e terão a concessão ofertada em um leilão de usinas existentes agendado pelo governo federal para 25 de novembro. As duas usinas representam juntas quase 80 por cento da arrecadação de 17 bilhões de reais que o governo federal espera ter com a cobrança de bônus de outorga junto aos vencedores da licitação.
Em carta à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a CTG pediu dias adicionais de visita às duas hidrelétricas, bem como a ampliação do número de profissionais autorizados a participar da comitiva.
No documento, datado de 16 de outubro, antes do adiamento do leilão, que estava marcado para 6 de novembro, a CTG pediu que a Aneel autorizasse as visitas extras "de modo que haja tempo hábil para a requerente elaborar sua proposta" para o certame.
"Com certeza os chineses estão bem interessados e vão aparecer como os competidores mais fortes. Sem sombra de dúvidas, como foi no leilão de transmissão. Eles têm recurso, têm vontade, é um leilão que está bem desenhado para eles", afirmou à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto, que pediu anonimato.
Na semana passada, a diretora especialista em energia da consultoria KPMG, Franceli Jodas, disse à Reuters que grupos estrangeiros, como os chineses, poderiam ter grande vantagem ao estrear em hidrelétricas no Brasil com ativos já em operação, sem risco de construção e com grande escala.
"As usinas da Cesp sempre foram os ativos mais interessantes para o mercado. Pela localização, por tudo, eram ativos que ninguém acreditava que iam ser oferecidos aos investidores", apontou Franceli.
A aposta da especialista é de que os estrangeiros poderiam entrar sozinhos ou em parceria com grupos brasileiros, um formato que já tem sido tradicional nos investimentos dos chineses no setor elétrico do Brasil.
Procurada, a CTG informou que não vai fazer comentários sobre o leilão no momento.
No país, a CTG possui participação em parques eólicos e é sócia de hidrelétricas que estão sendo construídas pela EDP Energias do Brasil, além de ter anunciado recentemente a aquisição de duas hidrelétricas da Triunfo.
Além da CTG, a canadense Brookfield, a italiana Enel e as brasileiras Cemig, CPFL e Furnas, da Eletrobras, se inscreveram junto à Aneel para visitar as usinas da Cesp antes do leilão.
A estatal paulista afirmou recentemente que busca parceiros para o certame devido à falta de caixa para pagar as elevadas bonificações exigidas pelo governo.
São Paulo - A chinesa Three Gorges Corporation está fortemente interessada nas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, que pertenciam à paulista Cesp e terão a concessão ofertada em um leilão de usinas existentes agendado pelo governo federal para 25 de novembro. As duas usinas representam juntas quase 80 por cento da arrecadação de 17 bilhões de reais que o governo federal espera ter com a cobrança de bônus de outorga junto aos vencedores da licitação.
Em carta à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a CTG pediu dias adicionais de visita às duas hidrelétricas, bem como a ampliação do número de profissionais autorizados a participar da comitiva.
No documento, datado de 16 de outubro, antes do adiamento do leilão, que estava marcado para 6 de novembro, a CTG pediu que a Aneel autorizasse as visitas extras "de modo que haja tempo hábil para a requerente elaborar sua proposta" para o certame.
"Com certeza os chineses estão bem interessados e vão aparecer como os competidores mais fortes. Sem sombra de dúvidas, como foi no leilão de transmissão. Eles têm recurso, têm vontade, é um leilão que está bem desenhado para eles", afirmou à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto, que pediu anonimato.
Na semana passada, a diretora especialista em energia da consultoria KPMG, Franceli Jodas, disse à Reuters que grupos estrangeiros, como os chineses, poderiam ter grande vantagem ao estrear em hidrelétricas no Brasil com ativos já em operação, sem risco de construção e com grande escala.
"As usinas da Cesp sempre foram os ativos mais interessantes para o mercado. Pela localização, por tudo, eram ativos que ninguém acreditava que iam ser oferecidos aos investidores", apontou Franceli.
A aposta da especialista é de que os estrangeiros poderiam entrar sozinhos ou em parceria com grupos brasileiros, um formato que já tem sido tradicional nos investimentos dos chineses no setor elétrico do Brasil.
Procurada, a CTG informou que não vai fazer comentários sobre o leilão no momento.
No país, a CTG possui participação em parques eólicos e é sócia de hidrelétricas que estão sendo construídas pela EDP Energias do Brasil, além de ter anunciado recentemente a aquisição de duas hidrelétricas da Triunfo.
Além da CTG, a canadense Brookfield, a italiana Enel e as brasileiras Cemig, CPFL e Furnas, da Eletrobras, se inscreveram junto à Aneel para visitar as usinas da Cesp antes do leilão.
A estatal paulista afirmou recentemente que busca parceiros para o certame devido à falta de caixa para pagar as elevadas bonificações exigidas pelo governo.