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Telecom Italia vende participação na Brasil Telecom

Será assinado ainda nesta tarde no Rio de Janeiro o contrato da venda da participação da Telecom Italia na operadora de telefonia Brasil Telecom para um grupo de fundos de pensão liderados pela Previ (dos funcionários do Banco do Brasil) e para o Citigroup. O valor da venda de 19% das ações da operadora gira […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Será assinado ainda nesta tarde no Rio de Janeiro o contrato da venda da participação da Telecom Italia na operadora de telefonia Brasil Telecom para um grupo de fundos de pensão liderados pela Previ (dos funcionários do Banco do Brasil) e para o Citigroup. O valor da venda de 19% das ações da operadora gira em torno de 600 milhões de dólares.

Com a saída dos italianos, devem se intensificar as negociações para a fusão da Brasil Telecom e a Oi (ex-Telemar). Essa fusão ainda depende de mudanças na legislação brasileira para o setor. No entanto, a união das duas empresas criaria uma gigante nacional da telefonia, o que conta com a simpatia do governo. Os outros dois grandes grupos do setor são a espanhola Telefónica e a Claro (do mexicano Carlos Slim).

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A Brasil Telecom opera telefonia fixa nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte. Após sua privatização, a empresa protagonizou uma das disputas societárias mais ferrenhas do capitalismo brasileiro. Aliado ao Citigroup, o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, manteve inicialmente o controle da empresa, o que nunca foi aceito pela Telecom Italia. Após anos de divergências públicas e até denúncias de espionagem, o Citi resolveu mudar de lado e aliar-se aos fundos, que tiraram Dantas do controle da empresa. Esse acordo deu aos fundos o direito de preferência de comprar as ações do Citi, mas por um valor acima das cotações de mercado. Não se sabe se esse direito será exercido.

Do lado da Oi, os controladores da empresa também podem concluir neste mês um programa de recompra de ações que reduziria a quantidade de papéis diferentes da empresa em circulação no mercado. A recompra pode alcançar cerca de R$ 11 bilhões e garantir que GP, grupo La Fonte e Andrade Gutierrez mantenham o controle da empresa mesmo após a reestruturação societária. O sucesso dessa operação também favoreceria a posterior fusão entre as empresas.

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