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Tecnologias da informação democratizam decisões nas empresas

Estudo indica que bancos de dados e software de informação dão mais autonomia a funcionários mais baixos na hierarquia

No entanto, pesquisa indica que tecnologias da comunicação centralizam decisões nos gestores de cargo mais alto (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2011 às 20h29.

São Paulo – Ferramentas tecnológicas de comunicação, como e-mail, celulares e internet sem fio, centralizam nos chefes o processo de tomada de decisão. Enquanto isso, o uso de softwares de informação e bancos de dados descentralizam as decisões e permitem que funcionários menos poderosos façam escolhas importantes nas empresas. Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa feita por estudiosos da Stanford University, London School of Economics e Harvard University, publicada recentemente pela Harvard Business School.

Para chegar a essa conclusão, eles analisaram dados sobre a estrutura organizacional de mais de 1.000 empresas na França, Alemanha, Itália, Polônia, Portugal, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos. Além dessas informações, que foram coletadas em 2006 pela London School of Economics, foram feitas entrevistas com gerentes de fábrica para medir o grau de autonomia de supervisores e trabalhadores.

Depois, com a finalidade de entender as ligações entre as tecnologias de informação e comunicação e as estruturas das companhias, os pesquisadores compararam os dados com os da multinacional de mídia Harte-Hanks, que tem descrições do uso corporativo de sistemas de hardware e software.

Essas informações mostraram que muitas decisões relativas ao chão de fábrica, como alocação de recursos e ritmo da produção, e questões não ligadas à produção, como investimentos, contratações e precificação, eram tomadas tanto por gerentes locais quanto regionais.


Tal democratização ocorreu devido ao maior uso de softwares de gestão como o EPR (do inglês, enterprise resource planning, responsável por controlar a produção, uso de energia, vendas, inventários e recursos humanos) e o CAD (sigla inglesa de computer-aided design ou desenho assistido por computador). Isso ocorre porque, com a ajuda da tecnologia, os funcionários de posição mais baixa na hierarquia se sentem mais seguros e conseguem resolver mais questões de forma independente.

Centralização

O mesmo não ocorre em relação a tecnologias da comunicação, como celulares, e-mail e internet, segundo a pesquisa. Por tornarem os gerentes da empresa cada vez mais acessíveis, essas ferramentas levam para eles muitas decisões, centralizando processos em suas mãos. É por isso que os estudiosos recomendam às companhias pensar bem sobre o tipo de tecnologia a ser usada e onde elas querem que as decisões sejam tomadas.

Treinamento adequado para que funcionários consigam fazer as escolhas certas ou investimentos em sistemas sofisticados de comunicação para que os chefes possam controlar tudo mais de perto são opções sugeridas pelos pesquisadores. Só depende do grau de democratização que a empresa pretende ter em sua estrutura.

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São Paulo – Ferramentas tecnológicas de comunicação, como e-mail, celulares e internet sem fio, centralizam nos chefes o processo de tomada de decisão. Enquanto isso, o uso de softwares de informação e bancos de dados descentralizam as decisões e permitem que funcionários menos poderosos façam escolhas importantes nas empresas. Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa feita por estudiosos da Stanford University, London School of Economics e Harvard University, publicada recentemente pela Harvard Business School.

Para chegar a essa conclusão, eles analisaram dados sobre a estrutura organizacional de mais de 1.000 empresas na França, Alemanha, Itália, Polônia, Portugal, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos. Além dessas informações, que foram coletadas em 2006 pela London School of Economics, foram feitas entrevistas com gerentes de fábrica para medir o grau de autonomia de supervisores e trabalhadores.

Depois, com a finalidade de entender as ligações entre as tecnologias de informação e comunicação e as estruturas das companhias, os pesquisadores compararam os dados com os da multinacional de mídia Harte-Hanks, que tem descrições do uso corporativo de sistemas de hardware e software.

Essas informações mostraram que muitas decisões relativas ao chão de fábrica, como alocação de recursos e ritmo da produção, e questões não ligadas à produção, como investimentos, contratações e precificação, eram tomadas tanto por gerentes locais quanto regionais.


Tal democratização ocorreu devido ao maior uso de softwares de gestão como o EPR (do inglês, enterprise resource planning, responsável por controlar a produção, uso de energia, vendas, inventários e recursos humanos) e o CAD (sigla inglesa de computer-aided design ou desenho assistido por computador). Isso ocorre porque, com a ajuda da tecnologia, os funcionários de posição mais baixa na hierarquia se sentem mais seguros e conseguem resolver mais questões de forma independente.

Centralização

O mesmo não ocorre em relação a tecnologias da comunicação, como celulares, e-mail e internet, segundo a pesquisa. Por tornarem os gerentes da empresa cada vez mais acessíveis, essas ferramentas levam para eles muitas decisões, centralizando processos em suas mãos. É por isso que os estudiosos recomendam às companhias pensar bem sobre o tipo de tecnologia a ser usada e onde elas querem que as decisões sejam tomadas.

Treinamento adequado para que funcionários consigam fazer as escolhas certas ou investimentos em sistemas sofisticados de comunicação para que os chefes possam controlar tudo mais de perto são opções sugeridas pelos pesquisadores. Só depende do grau de democratização que a empresa pretende ter em sua estrutura.

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