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Sua equipe quer faltar amanhã? A culpa (quase sempre) é sua

Empresas são as maiores responsáveis pela falta de compromisso dos funcionários, segundo pesquisas

Desmotivados: maioria dos brasileiros não sente que a empresa faz o que fala (Ruben Las Palmas/Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2012 às 06h00.

São Paulo – Acredite: apenas 28% de seus funcionários não fizeram careta, neste domingo, ao lembrar que amanhã é dia de trabalho. Este é o percentual dos profissionais brasileiros altamente engajados em suas empresas , segundo pesquisa sobre motivação da consultoria Towers Watson.

Além disso, outros 30% sofrem de desengajamento crônico; 16% se sentem desvinculados das empresas; e os demais 26% não se sentem apoiados pelas empresas em que trabalham. A pesquisa da Towers Watson ouviu 32.000 profissionais em 28 países, entre fevereiro e março deste ano.

Você acha que estes percentuais são aceitáveis? Na média global, 37% dos funcionários são altamente engajados; 23% estão cronicamente desengajados; 13% se sentem desvinculados; e 27% acreditam que não têm suporte da empresa – o único dado que supera o do Brasil.

Para não deixar a palavra ambígua, engajamento, para a Towers Watson, é a capacidade de o funcionário se sentir vinculado à empresa e, com isso, ter vontade de dar o melhor de si por ela.

E a sua parte?

O problema é a outra ponta: as empresas, segundo a pesquisa, não estão fazendo a sua parte, no que se refere ao apoio e à motivação dos funcionários, apesar de ter virado moda e politicamente correto afirmar que as pessoas são o maior patrimônio de uma companhia.

Aos números. Entre os brasileiros, literalmente metade dos entrevistados afirmou que sair da atual empresa é o único modo de crescer na profissão. Além disso, 57% não acreditam que tenham acesso aos treinamentos necessários para aumentar sua produtividade. E, para completar, 63% dizem que os programas de treinamento de suas empresas simplesmente não entregam o que prometem.


Há um princípio cada vez mais difundido entre os especialistas em gestão de pessoas: deixe claro onde você quer chegar e, talvez, sua equipe o acompanhe. Este é outro problema identificado na pesquisa: as empresas brasileiras não comunicam, claramente, metas e estratégias.

Segundo a Towers Watson, 46% dos entrevistados, no Brasil, não sabem quais são as metas das empresas em que trabalham. Outros 37% não entendem como seu trabalho contribui para a companhia; e 44% não sabem que ações devem executar para alcançar as metas.

Malas prontas

Situação semelhante foi identificada por outra consultoria, a Hay Group, em uma pesquisa. Ela acrescenta, porém, outro dado preocupante: a crescente insatisfação das pessoas as leva a considerar, seriamente, mudar-se para uma empresa com melhores condições de trabalho.

De acordo com a Hay Group, mais de 44% dos entrevistados, em todo o mundo, pensam em deixar seus atuais empregos em até cinco anos. Dentre eles, 21% quer sair em até dois anos.

Algumas frases tornaram-se mantras para as empresas, nos últimos anos. Uma delas é de que estão faltando talentos no mercado. Outra é que o brilho nos olhos vale mais, às vezes, que o conhecimento técnico. Mas, quando você olhar para a sua equipe, amanhã, lembre-se de que a maioria estará pensando diferente – e não será por birra.

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São Paulo – Acredite: apenas 28% de seus funcionários não fizeram careta, neste domingo, ao lembrar que amanhã é dia de trabalho. Este é o percentual dos profissionais brasileiros altamente engajados em suas empresas , segundo pesquisa sobre motivação da consultoria Towers Watson.

Além disso, outros 30% sofrem de desengajamento crônico; 16% se sentem desvinculados das empresas; e os demais 26% não se sentem apoiados pelas empresas em que trabalham. A pesquisa da Towers Watson ouviu 32.000 profissionais em 28 países, entre fevereiro e março deste ano.

Você acha que estes percentuais são aceitáveis? Na média global, 37% dos funcionários são altamente engajados; 23% estão cronicamente desengajados; 13% se sentem desvinculados; e 27% acreditam que não têm suporte da empresa – o único dado que supera o do Brasil.

Para não deixar a palavra ambígua, engajamento, para a Towers Watson, é a capacidade de o funcionário se sentir vinculado à empresa e, com isso, ter vontade de dar o melhor de si por ela.

E a sua parte?

O problema é a outra ponta: as empresas, segundo a pesquisa, não estão fazendo a sua parte, no que se refere ao apoio e à motivação dos funcionários, apesar de ter virado moda e politicamente correto afirmar que as pessoas são o maior patrimônio de uma companhia.

Aos números. Entre os brasileiros, literalmente metade dos entrevistados afirmou que sair da atual empresa é o único modo de crescer na profissão. Além disso, 57% não acreditam que tenham acesso aos treinamentos necessários para aumentar sua produtividade. E, para completar, 63% dizem que os programas de treinamento de suas empresas simplesmente não entregam o que prometem.


Há um princípio cada vez mais difundido entre os especialistas em gestão de pessoas: deixe claro onde você quer chegar e, talvez, sua equipe o acompanhe. Este é outro problema identificado na pesquisa: as empresas brasileiras não comunicam, claramente, metas e estratégias.

Segundo a Towers Watson, 46% dos entrevistados, no Brasil, não sabem quais são as metas das empresas em que trabalham. Outros 37% não entendem como seu trabalho contribui para a companhia; e 44% não sabem que ações devem executar para alcançar as metas.

Malas prontas

Situação semelhante foi identificada por outra consultoria, a Hay Group, em uma pesquisa. Ela acrescenta, porém, outro dado preocupante: a crescente insatisfação das pessoas as leva a considerar, seriamente, mudar-se para uma empresa com melhores condições de trabalho.

De acordo com a Hay Group, mais de 44% dos entrevistados, em todo o mundo, pensam em deixar seus atuais empregos em até cinco anos. Dentre eles, 21% quer sair em até dois anos.

Algumas frases tornaram-se mantras para as empresas, nos últimos anos. Uma delas é de que estão faltando talentos no mercado. Outra é que o brilho nos olhos vale mais, às vezes, que o conhecimento técnico. Mas, quando você olhar para a sua equipe, amanhã, lembre-se de que a maioria estará pensando diferente – e não será por birra.

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