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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
Maurício Botelho, presidente da Embraer, minimizou nesta quarta-feira (3.12) os problemas inesperados que a empresa enfrentou recentemente para obter a certificação definitiva para sua nova família de jatos 170, tida como certa para novembro passado. Ele também afirmou que o nome do fornecedor dos novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) deve ser conhecido no início de 2004. A Embraer participa de concorrência internacional com quatro empresas.
Em função do atraso na certificação do 170, a entrega de aeronaves para os dois primeiros clientes, US Airways e Alitalia, teve de ser adiada para fevereiro de 2004, pelo menos.
Botelho confirmou que a Embraer terá de pagar multa à Alitalia por causa de falha da Honeywell na documentação do software de controle de vôo do 170. "Eu vou ter que pagar. Mas o que é uma multa? Um contrato tem direitos e obrigações, e o prazo de entrega era agora em novembro." A relação com a fornecedora americana, porém, não foi abalada. "O que houve foi um fato natural e corriqueiro, que não afeta o projeto." Botelho negou-se a informar o valor da multa. Quanto à certificação, afirmou que está confiante que será concedida em fevereiro.
Sobre a concorrência para fornecimento de caças de interceptação para a FAB, na qual a Embraer participa em associação com a Dassault francesa,o executivo afirmou que a estimativa do governo é que até janeiro a decisão final seja formalizada.
Lobby
Ontem (2/12) foi instalada na Câmara dos Deputados uma Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Aeronáutica Brasileira. O deputado Marcelo Ortiz (PV/SP), presidente do grupo, afirmou que os deputados irão pressionar o governo para que a FAB não siga apenas a lei de licitação pública e compre da Embraer os caças que vão substituir os aviões Mirage, por razões de política econômica. O projeto prevê a compra de 12 a 24 caças supersônicos, numa operação que envolve 700 milhões de dólares.