Siemens vende unidade de telefonia móvel para a BenQ
Negócio de US$ 430 milhões deverá ser concluído até setembro
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
A alemã Siemens confirmou que a BenQ, de Taiwan, vai assumir o controle de sua área de telefones celulares. O anúncio encerra um ano de busca por solução para um negócio que não gerava lucros, afirma reportagem desta terça-feira (7/6) do americano The Wall Street Journal. A transação, que envolve 430 milhões de dólares, contou com a assessoria do Citigroup e deve ser concluída no terceiro trimestre deste ano. O desfecho, porém, contraria as intenções originais da alemã, que preferia constituir uma joint venture no lugar de vender a unidade.
O acordo envolve o direito de uso da marca por parte da BenQ pelo prazo de cinco anos. Segundo a reportagem, o negócio vai dar à taiwanesa "player pequeno no mercado de aparelhos celulares", com apenas 2% do mercado total um valioso expertise e maior poder de marketing e distribuição.
Segundo a BenQ, a receita anual deve atingir mais de 10 bilhões de dólares com a aquisição. A empresa é a maior fabricante de aparelhos celulares de Taiwan e afirma que vai se tornar a quarta maior do mundo, depois da conclusão do negócio com a Siemens.
Segundo The Wall Street Journal, a aquisição reforça a tendência de maior pressão sobre fabricantes menores, forçados à reorganização na medida em que o mercado de aparelhos celulares alcança maturidade. No ano passado, a Siemens perdeu participação, caindo da 4ª para a 6ª posição, depois que a líder mundial do setor, a Nokia, cortou o preço de alguns de seus produtos para melhorar as vendas. Atualmente, a alemã tem 5,4% do mercado mundial.
A fábrica será mantida em Munique, Alemanha, o que segundo a reportagem afastou outros potenciais compradores, como Ningbo Bird, TCL e UT Starcom, preocupados com a insistência da Siemens em exigir que a produção permaneça em uma planta com altos custos de produção.