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Setores industriais em Minas Gerais já sofrem com a falta de madeira

Minas Gerais é um caso bastante interessante na silvicultura (cultivo de florestas) brasileira. Conhecido por seus minérios e siderúrgicas, o estado concentra mais de 25% das florestas plantadas para uso industrial. "É o carro-chefe em termos florestais no país", afirma o presidente da Associação Mineira de Silvicultura (AMS), Antônio Claret de Oliveira. As indústrias mineiras […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Minas Gerais é um caso bastante interessante na silvicultura (cultivo de florestas) brasileira. Conhecido por seus minérios e siderúrgicas, o estado concentra mais de 25% das florestas plantadas para uso industrial. "É o carro-chefe em termos florestais no país", afirma o presidente da Associação Mineira de Silvicultura (AMS), Antônio Claret de Oliveira.

As indústrias mineiras produtoras de ferro-gusa, material utilizado na produção do aço, precisam da madeira como fonte de energia. O carvão vegetal substitui o carvão mineral também conhecido como coque nos fornos das empresas e evita o risco cambial, já que o coque é, em boa parte importado.

Quando o preço do carvão mineral baixou no mercado internacional há alguns anos, muitos fabricantes de ferro-gusa preteriram o carvão vegetal e ignoraram o plantio de florestas e um planejamento de longo prazo. Com isso, as empresas que hoje concentram a matriz energética dos fornos em carvão vegetal estão à mercê das oscilações de preço do mercado de madeira.

Segundo a AMS, o déficit florestal já é de 57,9 mil hectares. Ou seja, para as empresas que não investiram no plantio de florestas para uso industrial no passado, a falta de madeira é uma realidade.

Clique aqui e ouça trecho de entrevista com o presidente da AMS sobre a mobilização de empresários em Minas Gerais para evitar um déficit ainda maior.

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