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Na Sephora, a missão para ganhar mercado é levar experiência das lojas para as ruas

Marca francesa de cosméticos marca presença em eventos e quer ser reconhecida pelo grande público

Lounge da Sephora no Carnaval RJ: presença em eventos para ampliar conhecimento da marca (Sephora/Divulgação)
Maria Clara Dias

Repórter de Negócios e PME

Publicado em 24 de fevereiro de 2023 às 13h59.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2023 às 14h01.

Os casos de empresas estrangeiras que têm de lidar com adaptações obrigatórias para se aventurar em mercados mundo afora não são raros. Na lista de preocupações para essa empreitada estão não apenas detalhes legais ligados à operação, mas também a aptidão em atender a preferências de consumo que variam de país para país. E é esta flexibilização aos gostos do público que a Sephora tem usado para moldar sua atuação no Brasil.

No país desde 2013, a marca francesa de cosméticos tem testado, desde então, o formato de lojas físicas em grandes shopping centers. A missão agora é levar a já bem-sucedida experiência criada em loja para as ruas, como uma tentativa de se aproximar cada vez mais do público.

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O esforço mais recente da marca nessa jornada aconteceu durante o Carnaval deste ano. Pela primeira vez, a Sephora esteve presente em alguns dos principais camarotes do Brasil — nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador — com ações para exposição de produtos e atendimento "express" de maquiadores.

Por que ir além das lojas?

As ativações durante o Carnaval marcam o início de uma nova fase na empresa, que desde 2018 já mantém ações pontuais fora das lojas, afirma o diretor de marketing da Sephora Brasil, Cataldo Domenicis. "É a festa mais aguardada do ano no Brasil. É um momento democrático, que pode ser muito bem aproveitado para falarmos com diferentes tipos de público daqui para frente", diz.

O racional da empresa se justifica pela necessidade em conversar melhor com seus consumidores e mapear suas preferências. Sem lojas de rua, a Sephora precisa inovar para atender a compradores e compradores que desejam ter contato com os produtos para experimentação e também para esclarecimento de dúvidas, algo muito comum no mercado de cosméticos.

Sendo assim, o esforço para levar os pontos de encontro e ativações Brasil adentro está em linha com o desejo agressivo de expansão que, segundo Domenicis, continuará sendo por meio de novas inaugurações em shopping centers, mas sem perder o contato final com o público e o perfil de "consultoria personalizada", no qual vendedores ensinam detalhes sobre os produtos e como usá-los. "Somos conhecidos pela qualidade do atendimento em loja, com vendedores que atuam como consultores e prestam um serviço excelente. Queremos levar esse DNA para fora dali também", diz.

Passado o Carnaval, a marca já tem uma lista extensa de ativações e um calendário de eventos contínuo ao longo de todo o ano para manter esse desejo ativo. A primeira ação, ainda nas lojas, vai até o dia 28 de fevereiro. Nelas, consumidores podem agendar o serviço de maquiagem com quatro diferentes opções.

Os resultados dessa estratégia, segundo Domenicis, vão bem além do aspecto financeiro. “É como levar o que fazemos de melhor nas lojas para os eventos e para as ruas. O resultado positivo não está somente nas vendas e conversões, mas no reconhecimento da marca com o público”, diz. Em 2023, ao que tudo indica, pode ser cada vez mais rotineiro ver a Sephora fora dos shoppings.

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