Secretário defende fim da publicação de balanços em jornais
Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia chamou pagamento de "má alocação de recursos" e defendeu fim do DPVAT
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de novembro de 2019 às 17h35.
Brasília — Em evento no Correio Braziliense, em Brasília, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia , Adolfo Sachsida, fez nesta terça-feira, 26, uma defesa da medida provisória que desobriga as empresas de publicarem balanços em jornais impressos. Segundo ele, o governo atual está combatendo a má alocação de recursos, como esta.
"Não dá para cobrar R$ 1 milhão de empresas para que elas publiquem balanços em jornal", afirmou o secretário. "Todo mundo vai ter que dar sua contribuição. Nós estamos combatendo a má alocação de recursos."
O comentário de Sachsida foi realizado no debate 'Desafios para 2020 - O Brasil que nos aguarda', organizado pelo jornal Correio Braziliense.
O jornal é o mais antigo de Brasília. Sua circulação impressa começou quando a capital nacional foi inaugurada. O presidente do Correio Braziliense, Álvaro Teixeira da Costa, que estava presente, deixou o evento logo após o comentário de Sachsida sobre os balanços.
DPVAT
Sachsida defendeu ainda o fim do DPVAT, proposto pelo governo por meio de outra medida provisória neste mês. "O DPVAT é mais um caso de má alocação de recursos. Com os preços atuais do seguro obrigatório, o DPVAT não se mantém e está queimando recursos", argumentou.
Agenda social
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia rebateu também as afirmações de que o governo não estaria tomando medidas para o lado social e descartou qualquer comparação do Brasil com a crise no Chile.
"Discordo que governo Bolsonaro não olhe lado social. Quando você combate inflação, você ajuda aos mais pobres. Criamos o 13º para o Bolsa Família, por exemplo", respondeu, durante o debate.
Sachsida disse ainda que a equipe econômica chefiada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, teria preocupações com medidas de efeito social desde a transição entre os governos Temer e Bolsonaro.