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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
O grupo Schincariol divulgou nos jornais desta segunda-feira (20/6) nota em que afirma cumprir "rigorosamente" suas obrigações trabalhistas e fiscais. Segundo a empresa, os fundamentos apresentados para a Operação Cevada da Polícia Federal (PF), são de natureza tributária, e portanto podem ser discutidos na esfera administrativa. Em outras palavras, para a cervejaria, não há razão para a abertura de inquérito policial e eventual processo criminal.
Hoje à meia-noite termina o prazo de prisão temporária das 68 pessoas presas na última quarta-feira, 15 de junho. Mas até o fim do dia a PF vai solicitar ao Judiciário a prorrogação do prazo de prisão de alguns dos detidos. Os advogados do grupo reclamam não ter acesso aos autos do inquérito policial.
Apesar de a Receita Federal ser parte do força-tarefa responsável pela operação e de as investigações terem sido iniciativa do órgão, há dois anos , a nota afirma que "a empresa nem sequer foi autuada pelo Fisco", e que "desconhece por completo quais as infrações fiscais e tributárias imputadas".
Ainda segundo a nota da Schincariol, os 7 000 funcionários diretos e os 25 000 indiretos (distribuidores, fornecedores e prestadores de serviços) "estão apreensivos com as prisões de seus companheiros dirigentes", porque colocam em risco a própria sobrevivência da empresa, pela impossibilidade de ser administrada e de honrar seus compromissos com os fornecedores, o fisco e os próprios empregados.