Negócios

Santander vê espaço para bancos repassarem queda da Selic

Segundo o presidente-executivo, o Santander Brasil está se preparando para o aumento das operações de crédito para o consumo

Santander: "Nossos números de inadimplência estão absolutamente sob controle", disse Rial (Gustavo Kahil/Site Exame)

Santander: "Nossos números de inadimplência estão absolutamente sob controle", disse Rial (Gustavo Kahil/Site Exame)

R

Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 15h37.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 16h23.

São Paulo - O apetite dos bancos por ampliar crédito num cenário de demanda prolongadamente baixa deve levá-los a repassar o corte da Selic nas linhas de financiamento, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo do Santander Brasil, Sérgio Rial.

"O apetite dos bancos para ofertar crédito, que tem caído nos últimos trimestres, deve levá-los a repassar a queda da Selic para os financiamentos", disse Rial, ao comentar os resultados do banco no terceiro trimestre.

Segundo o executivo, o Santander Brasil está se preparando para o aumento das operações de crédito para o consumo, conforme as expectativas econômicas melhorarem.

Os sinais de retomada do mercado de capitais também mostram que a pior recessão em décadas está perto do fim.

As declarações acontecem no mesmo dia em que o Banco Central divulgou nova rodada de dados preocupantes do mercado de crédito no país, com o estoque de empréstimos caindo 3,4 por cento em 12 meses até setembro, além de aumento dos spreads e os calotes se mantendo no maior nível da série iniciada em 2011.

Segundo Rial, no entanto, a expansão dos empréstimos do Santander Brasil do segundo para o terceiro trimestres, combinado com indicadores econômicos de queda da inflação e a primeira queda da Selic em 4 anos, na semana passada, permitem algum otimismo para os próximos trimestres.

O executivo disse que o banco deve começar a ver estabilidade ou queda de seus índices de inadimplência a partir do primeiro trimestre de 2017, refletindo em parte a reversão em curso das expectativas em relação à economia brasileira.

"Nossos números de inadimplência estão absolutamente sob controle", disse Rial a jornalistas. "Nossos índices devem ficar estáveis ou cair a partir do primeiro trimestre de 2017."

Às 15:23, a unit do Santander Brasil na Bovespa tinha alta de 2,2 por cento, enquanto o Ibovespa recuava 0,22 por cento.

No resultado do terceiro trimestre, o Santander Brasil superou em cerca de 25 por cento a projeção média de lucro dos analistas para o período, uma vez que receitas com juros e tarifas compensaram um forte aumento das provisões para perdas esperadas com inadimplência.

Acompanhe tudo sobre:JurosSantanderSelic

Mais de Negócios

Os planos da Voz dos Oceanos, a nova aventura da família Schurmann para livrar os mares de plásticos

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Prof G Pod e as perspectivas provocativas de Scott Galloway

Há três meses, marca de hair care Braé lançou produtos para magazines que já são 10% das vendas

Mais na Exame