Safra cria negócio de recuperação de crédito corporativo
O banco Safra vai comprar apenas poucos créditos corporativos inadimplentes com os quais já está familiarizado, segundo fontes
Safra: as taxas de inadimplência na carteira de crédito do Safra recuaram para 0,6% do total de empréstimos em março, de 2% no ano anterior (Dado Galdieri/Bloomberg)
9 de maio de 2017, 18h11
São Paulo - O Banco Safra, do bilionário Joseph Safra, está reduzindo suas ambições e criando um negócio de recuperação de crédito corporativo inadimplente menor do que o planejado inicialmente, de acordo com três pessoas com conhecimento do assunto.
O banco tinha contratado Henrique Utrini, ex-executivo do Goldman Sachs, para começar o negócio em setembro, mas ele deixou o banco em março.
O banco está substituindo Utrini por uma pequena equipe interna, disse uma das pessoas, pedindo para não ser identificada porque o assunto não é público.
O banco Safra vai comprar apenas poucos créditos corporativos inadimplentes com os quais já está familiarizado, disse a pessoa.
Ultrini foi chefe de desenvolvimento de negócios da Recovery do Brasil, maior empresa de gestão de ativos em crise da América Latina, de acordo com sua página do LinkedIn.
As taxas de inadimplência na carteira de crédito do Safra recuaram para 0,6% do total de empréstimos em março, de 2% no ano anterior, de acordo com suas demonstrações financeiras.
A taxa no Bradesco, o segundo maior banco do Brasil por valor de mercado, foi de 5,6%, enquanto no nº 1 Itaú Unibanco foi de 3,4%. A Recovery é propriedade do Itaú.
A carteira de crédito total do Safra, incluindo garantias, era de R$ 78,1 bilhões no final do último trimestre, formada principalmente por empréstimos de empresas. Tinha R$ 154,64 bilhões em ativos totais.
Utrini confirmou que deixou o Safra, e não forneceu detalhes adicionais. O banco Safra não quis comentar.
Investidores estão procurando oportunidades no Brasil após a maior recessão na história do país tornar mais difícil o pagamento das dívidas por parte das empresas.
O Lone Star Funds, fundado pelo bilionário John Grayken, está comprando a Apoema Capital Partners, uma empresa brasileira que administra cerca de R$ 4,5 bilhões em ativos em dificuldades, disse uma pessoa com conhecimento do assunto no mês passado.
A Canvas Capital, apoiada pelo Credit Suisse Group, está levantando um fundo de até US$ 600 milhões para investir em ativos corporativos em dificuldades no Brasil, pessoas disseram em março.
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