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S&P rebaixa dívida da Sadia e põe Perdigão em perspectiva negativa

Recuperação na demanda do setor de alimentos permanece incerta e contribui para o rebaixamento dos ratings

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Standard & Poor´s, agência americana de classificação de risco, alterou a perspectiva de crédito corporativo de longo prazo da Perdigão de estável para negativo, confirmando, por enquanto, a nota "BB+" devido ao ambiente operacional desafiador por que as empresas de alimentos enfrentam.

As condições incertas do mercado, originadas pela queda considerável da demanda, também contribuíram para que a S&P rebaixasse os ratings de crédito de longo prazo da Sadia de "BB" para "B".

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A Perdigão encontra-se numa situação muito mais favorável e flexível a possíveis ajustes no mercado do que sua maior concorrente, pois possui uma confortável posição de caixa, com reservas equivalentes a 847 milhões de euros, e vencimento de curto prazo de 705 milhões de euros.

Já a Sadia, segundo o relatório da S&P, que registrou forte queda nas vendas no final de 2008 e altas perdas com derivativos, tende a apresentar piores resultados em 2009 do que os projetados anteriormente. O endividamento líquido aumentou em quase 4 bilhões de reais em 2008, fator preponderante para que o índice de dívida total sobre Ebtida permaneça num alto patamar de aproximadamente 6x até 2010, diferente de 4x estimado anteriormente. Além disso, a companhia corre para conseguir financiamento para sua dívida de curto prazo.

A perspectiva de ambas as empresas mudaria para estável se houvesse uma consistente recuperação na demanda e um equilíbrio nas margens Ebtida. Obviamente, o caso da Sadia é mais delicado e inclui a condição de uma possível postergação nos prazos de pagamento das dívidas ou a melhoria das condições de um refinanciamento.

Às 12h35, as ações preferenciais da Sadia ( SDIA4 ) subiam 2,54%, para 4,03 reais. Enquanto os da Perdigão ( PRGA3, com direito a voto) valiam 32,43 reais, com um crescimento de 3,05%.

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