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Rombo do banco Cruzeiro do Sul sobe para R$ 3,8 bilhões

Valor é R$ 1,5 bilhão maior que o da época da intervenção, em junho de 2012


	Cruzeiro do Sul: ajustes aumentam o rombo do banco extinto em setembro de 2012
 (Reuters/Ricardo Moraes)

Cruzeiro do Sul: ajustes aumentam o rombo do banco extinto em setembro de 2012 (Reuters/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 15h57.

São Paulo – Mesmo extinto pelo Banco Central em setembro do ano passado, o banco Cruzeiro do Sul ainda vê a sua dívida aumentar. Os responsáveis por administrar a massa falida da instituição divulgaram, nesta quarta-feira, que o rombo do Cruzeiro do Sul é agora de 3,797 bilhões de reais.

A informação consta em um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliário (CVM) hoje, com as posições do banco até 30 de junho deste ano. Tecnicamente chamado de “passivo a descoberto”, o rombo é maior que o informado, quando o Banco Central decretou a intervenção no Cruzeiro do Sul, em junho de 2012.

Evolução

Quando a intervenção foi decretada, o rombo era estimado em 2,237 bilhões de reais e era composto por um patrimônio líquido ainda positivo de 874,115 milhões de reais, dos quais foram descontados créditos irregulares e provisões reavaliados em 3,111 bilhões.

Em setembro do ano passado, após novos ajustes de 1,415 bilhão de reais, o passivo a descoberto do banco já chegava a 3,651 bilhões de reais. A cifra desceu um pouco no final de dezembro, para 3,330 bilhões, porque foi descontado um resto de resultado positivo dos últimos meses do ano.

Agora, a situação se inverteu. O Cruzeiro do Sul registrou resultado negativo de 403,380 milhões de reais no primeiro semestre deste ano. O ajuste patrimonial do período também ficou negativo em quase 64 milhões. Com isso, o rombo voltou a subir para 3,797 bilhões.

Créditos fictícios

A intervenção do BC no Cruzeiro do Sul ocorreu após uma fiscalização constatar irregularidades nas contas do banco, como a existência de pelo menos 300.000 empréstimos fictícios, segundo jornais noticiaram na época.

Com o avanço das investigações, os interventores constataram outras irregularidades. De acordo com uma reportagem da época, o BC chegou a classificar o Cruzeiro de Sul de ser “uma grande lavanderia”. O banco pertencia à família Índio da Costa.

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