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Roche escolhe CEO da Lufthansa como presidente do conselho

Momento é de mudança para a maior fabricante mundial de drogas contra o câncer

Christoph Franz: membro do conselho da Roche desde 2011, terá seu nome colocado em votação na reunião anual de acionistas da Roche em 4 de março (Nadine Hutton/Bloomberg)

Christoph Franz: membro do conselho da Roche desde 2011, terá seu nome colocado em votação na reunião anual de acionistas da Roche em 4 de março (Nadine Hutton/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2013 às 09h01.

Zurique - A farmacêutica Roche escolheu o presidente-executivo da Deutsche Lufthansa, Christoph Franz, para suceder Franz Humer como presidente do seu conselho, preenchendo o cargo em um momento de mudança para a maior fabricante mundial de drogas contra o câncer.

Franz, de 53 anos, era membro do conselho da Roche desde 2011, e terá seu nome colocado em votação na reunião anual de acionistas da Roche em 4 de março, disse a farmacêutica suíça nesta segunda-feira.

"A Roche está ficando com um presidente de conselho com excelentes qualidades pessoais e um histórico impressionante como chefe de uma grande empresa global", disse Humer, que está se aposentando, conforme anunciado em março.

"Tenho certeza de que a sua experiência, excepcional rede global e fortes ligações com a Suíça serão grandes ativos." Enquanto o movimento é um golpe para a Roche, cuja família proprietária tinha expressado preferência por um candidato interno, ele chega num momento em que a companhia aérea alemã toca uma revisão estratégica para tentar lidar com o aumento dos custos de combustível e com a concorrência de empresas de baixo custo.

A família Hoffman-Oeri, descendente do fundador da Roche, Fritz Hoffman-La Roche, possui 50,01 por cento das ações da empresa e tem um papel-chave na nomeação do presidente do conselho.

Embora seja uma função não-executiva, o novo presidente terá que lidar com a política local, já que legisladores suíços estudam novos impostos corporativos, além de encontrar o seu caminho em uma indústria global em que alguns dos medicamentos mais vendidos da Roche devem enfrentar a concorrência de cópias mais baratas a partir de 2016.

Um de seus desafios mais difíceis pode ser negociar com a rival Novartis sobre a possível recompra da participação da Novartis na empresa, acreditam analistas.

O analista Fabian Wenner da corretora Kepler Cheuvreux disse que Franz se encaixava nas demandas da família proprietária da Roche por ser um orador alemão com as conexões culturais certas, mas haveria dúvidas sobre a profundidade do seu conhecimento acerca da indústria farmacêutica.

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