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Resultados da Gol foram mais fracos em 2015, dizem analistas

Os custos mais elevados, sobretudo em relação ao arrendamento e manutenção de aeronaves, pressionaram os resultados

Gol: os custos mais elevados, sobretudo em relação ao arrendamento e manutenção de aeronaves, pressionaram os resultados (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 12h45.

São Paulo - Os resultados da Gol no 4º trimestre de 2015 ficaram abaixo das expectativas de analistas, que destacaram o aumento nos custos, o resultado operacional e o prejuízo líquido como pontos negativos do balanço da empresa no período.

Em relatório, o analista Rogerio Araujo, do UBS , ressalta que os custos mais elevados, sobretudo em relação ao arrendamento e manutenção de aeronaves, pressionaram os resultados da Gol - no trimestre, os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 2,746 bilhões, alta de 7,3% ante o mesmo período de 2014.

Araujo também destacou resultado operacional (Ebit) negativo em R$ 95,3 milhões nos três últimos meses de 2015, com margem Ebit negativa de 3,6% - no quarto trimestre de 2014, o resultado operacional foi positivo em R$ 170,7 milhões, com margem em 6,3%.

Segundo o analista do UBS, a margem Ebit pode ser explicada por uma redução de 3,3 pontos porcentuais (p.p.) na taxa de ocupação no trimestre e por um aumento de 25,8% no CASK ex-combustível, pressionado pela depreciação do real e pelos custos com arrendamento e manutenção de aeronaves.

Por outro lado, Araujo destaca que a Gol conseguiu aumentar o yield em 4,5% no trimestre. No entanto, o analista afirma que as perspectivas para a empresa se deterioraram, e que, considerando o yield do trimestre, a taxa de câmbio atual e a curva de preços do petróleo, a Gol deve entregar uma margem Ebit negativa em 2,8% em 2016, queimando cerca de R$ 900 milhões por ano.

Em comentário enviado ao mercado, o analista Renato Salomone, do Itaú BBA, também considerou os resultados da aérea no trimestre como "mais fracos que o esperado".

O analista destaca que o prejuízo líquido registrado pela Gol entre outubro e dezembro de 2015, de R$ 1,13 bilhão, foi influenciado em grande parte por uma perda cambial de R$ 424 milhões, relacionada ao caixa na Venezuela.

Salomone ainda ressalta que a posição de caixa e equivalentes da Gol caiu para R$ 2,299 bilhões, ou 23,5% da receita líquida anual (ante 31,2% no terceiro trimestre), mas que essa posição de caixa não contempla a primeira tranche da venda antecipada de bilhetes para a Smiles, no montante de R$ 376 milhões.

Em relatório, os analistas Victor Mizusaki e Leandro Fontanesi, do Bradesco BBI, afirmam que os resultados ficaram ligeiramente abaixo das estimativas, mas que o comprometimento da GOL em reduzir ainda mais a capacidade doméstica deve ajudar a empresa a aumentar as tarifas e expandir margens.

Muzusaki e Fontanesi também avaliaram que os custos vieram acima do esperado, influenciados pela alta nas despesas com arrendamento de aeronaves, o que também pressionou o resultado operacional.

Os analistas, contudo, destacaram o guidance divulgado pela empresa para 2016, com uma redução de 5% a 8% na oferta total de assentos (ASK).

Os analistas do Bradesco BBI afirmaram, ainda, que os fundamentos da indústria aérea brasileira estão melhorando, com cortes na capacidade doméstica, tarifas em alta e preços baixos do petróleo não totalmente refletidos nos resultados do quarto trimestre.

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São Paulo - Os resultados da Gol no 4º trimestre de 2015 ficaram abaixo das expectativas de analistas, que destacaram o aumento nos custos, o resultado operacional e o prejuízo líquido como pontos negativos do balanço da empresa no período.

Em relatório, o analista Rogerio Araujo, do UBS , ressalta que os custos mais elevados, sobretudo em relação ao arrendamento e manutenção de aeronaves, pressionaram os resultados da Gol - no trimestre, os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 2,746 bilhões, alta de 7,3% ante o mesmo período de 2014.

Araujo também destacou resultado operacional (Ebit) negativo em R$ 95,3 milhões nos três últimos meses de 2015, com margem Ebit negativa de 3,6% - no quarto trimestre de 2014, o resultado operacional foi positivo em R$ 170,7 milhões, com margem em 6,3%.

Segundo o analista do UBS, a margem Ebit pode ser explicada por uma redução de 3,3 pontos porcentuais (p.p.) na taxa de ocupação no trimestre e por um aumento de 25,8% no CASK ex-combustível, pressionado pela depreciação do real e pelos custos com arrendamento e manutenção de aeronaves.

Por outro lado, Araujo destaca que a Gol conseguiu aumentar o yield em 4,5% no trimestre. No entanto, o analista afirma que as perspectivas para a empresa se deterioraram, e que, considerando o yield do trimestre, a taxa de câmbio atual e a curva de preços do petróleo, a Gol deve entregar uma margem Ebit negativa em 2,8% em 2016, queimando cerca de R$ 900 milhões por ano.

Em comentário enviado ao mercado, o analista Renato Salomone, do Itaú BBA, também considerou os resultados da aérea no trimestre como "mais fracos que o esperado".

O analista destaca que o prejuízo líquido registrado pela Gol entre outubro e dezembro de 2015, de R$ 1,13 bilhão, foi influenciado em grande parte por uma perda cambial de R$ 424 milhões, relacionada ao caixa na Venezuela.

Salomone ainda ressalta que a posição de caixa e equivalentes da Gol caiu para R$ 2,299 bilhões, ou 23,5% da receita líquida anual (ante 31,2% no terceiro trimestre), mas que essa posição de caixa não contempla a primeira tranche da venda antecipada de bilhetes para a Smiles, no montante de R$ 376 milhões.

Em relatório, os analistas Victor Mizusaki e Leandro Fontanesi, do Bradesco BBI, afirmam que os resultados ficaram ligeiramente abaixo das estimativas, mas que o comprometimento da GOL em reduzir ainda mais a capacidade doméstica deve ajudar a empresa a aumentar as tarifas e expandir margens.

Muzusaki e Fontanesi também avaliaram que os custos vieram acima do esperado, influenciados pela alta nas despesas com arrendamento de aeronaves, o que também pressionou o resultado operacional.

Os analistas, contudo, destacaram o guidance divulgado pela empresa para 2016, com uma redução de 5% a 8% na oferta total de assentos (ASK).

Os analistas do Bradesco BBI afirmaram, ainda, que os fundamentos da indústria aérea brasileira estão melhorando, com cortes na capacidade doméstica, tarifas em alta e preços baixos do petróleo não totalmente refletidos nos resultados do quarto trimestre.

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