Receita da Pepsico subiu 7% no 2º tri no Brasil, puxada por “comfort food”
Na pandemia, com as pessoas consumindo mais em casa, as vendas do grupo foram impulsionadas por alimentos como biscoitos e salgadinhos
Juliana Estigarribia
Publicado em 14 de julho de 2020 às 09h58.
Em meio à quarentena, os alimentos que trazem sensação de conforto - conhecidos como comfort food, como biscoitos, salgadinhos e achocolatados - contribuíram para a Pepsico registrar um aumento de 7% da receita no segundo trimestre fiscal da companhia (de março a maio), no Brasil.
“Com o estado de pandemia, observamos que as pessoas retomaram hábitos de consumo em casa, o que alavancou as vendas de alguns de nossos produtos como aveia, achocolatados, snacks e biscoitos”, afirma João Campos, presidente da divisão de alimentos da PepsiCo Brasil.
No período, o grupo priorizou a produção de itens com maior demanda, com oferta desses produtos em tamanhos de acordo com os diversos perfis de consumo, o que impactou positivamente os resultados do segundo trimestre, acrescenta o executivo.
Globalmente, o segmento de snacks da companhia registrou 5% de crescimento da receita orgânica, também impulsionado pelo aumento do consumo de alimentos em casa. Seguindo essa mesma tendência, na América do Norte o faturamento da marca Quaker aumentou 23% no período.
O desempenho positivo não foi verificado, porém, na receita global da Pepsico. No segundo trimestre fiscal da companhia, o lucro líquido recuou 19% na comparação anual, para 1,65 bilhão de dólares. Já a receita líquida caiu 3% na mesma base, para 15,96 bilhões de dólares.
"À medida que as restrições e o isolamento diminuíram e a mobilidade da população aumentou, vimos uma melhora no desempenho dos negócios e na dinâmica do mix dos canais de vendas. No entanto, o ambiente permaneceu volátil, com muitas incertezas quanto à duração e implicações da pandemia no longo prazo", disse Ramon Laguarta, presidente do grupo em relatório de balanço.