Quiksilver pede recuperação judicial e entregará controle
A rede de vestuário entrou com pedido de recuperação judicial com planos de entregar o controle aos seus principais credores
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2015 às 22h08.
A Quiksilver Inc., rede de vestuário da Califórnia que ajudou a espalhar o estilo dos surfistas e skatistas pelo mundo, entrou com pedido de recuperação judicial com planos de entregar o controle aos seus principais credores.
A empresa, cujas raízes vêm das culturas litorâneas da Austrália e do Sul da Califórnia, não conseguiu concretizar uma reviravolta iniciada em 2013, disse o diretor financeiro da empresa, Andrew Bruenjes, em documentos judiciais apresentados nesta quarta-feira.
A empresa varejista com sede em Huntington Beach, Califórnia, vinha tentando reformular uma organização tão abrangente que essa condição estava prejudicando as operações.
“Essa estrutura criou uma empresa fragmentada com inconsistências regionais de marca”, disse Bruenjes. Quase dois terços das receitas são geradas com vendas fora dos EUA, segundo documentos judiciais.
Os calçados da empresa são desenhados em Huntington Beach, um paraíso para surfistas e fãs de punk rock. As roupas e os acessórios são desenvolvidos em um polo de operações no resort litorâneo de Saint-Jean-de-Luz, na França.
As operações europeias e asiáticas não estão afetadas pelo processo de recuperação judicial, segundo a Quiksilver.
Segundo uma proposta anunciada nesta quarta-feira, a principal credora da Quiksilver, a Oaktree Capital Management LP, trocará seu título de crédito por uma participação majoritária em uma empresa reorganizada.
A Quiksilver buscará aprovação judicial para essa proposta e para um plano relacionado de tomar um empréstimo de US$ 175 milhões de afiliadas da Oaktree. O novo empréstimo será usado para concluir a reestruturação da companhia e cobrir o custo do processo de recuperação judicial.
Estilo surfista
A marca Quiksilver foi fundada na Austrália, em 1969. Em 1976, a empresa atual licenciou a marca e começou a fabricar trajes aquáticos e capacetes, assim como roupas que miram os “amantes das montanhas e dos oceanos”.
A firma vende esses produtos por meio de lojas próprias e em estabelecimentos comerciais especializados em surfe e skate. Até 30 de abril, a companhia contava com cerca de 700 lojas.
A Quiksilver aproveitou quando a moda foi em direção aos estilos surfista e skatista, nos anos 1990 e no início dos anos 2000, juntamente com nomes como Billabong International Ltd. e Pacific Sunwear of California Inc.
A empresa, que se uniu a atletas como o surfista Kelly Slater e o skatista Tony Hawk, patrocinou competições de surfe em todo o mundo.
Mas a mudança nos gostos -- juntamente com pressões maiores sobre a indústria do vestuário -- cobrou seu preço. Após um período de expansão, a Quiksilver teve dificuldades para competir com redes de fast-fashion como a H&M, que atraiu seus clientes adolescentes com preços mais baixos e roupas mais ligadas a novas tendências.
A rede sofreu uma queda de 13 por cento nas vendas no ano passado e seu prejuízo líquido subiu para US$ 309,4 milhões. A empresa listou uma dívida global de US$ 826 milhões e um total de US$ 337 milhões em ativos em seu pedido de recuperação judicial apresentado em Wilmington, Delaware, nos EUA.
Cerca de US$ 500 milhões em dívidas seriam cortados em consonância com o plano de reestruturação proposto, segundo um documento regulatório.
A Quiksilver é a mais recente rede a tropeçar em um cenário de varejo que está mudando.
Firmas de private-equity e investidores em dívidas de liquidação duvidosa têm tirado vantagem, abocanhando marcas de vestuário famosas como Wet Seal Inc. e Frederick’s of Hollywood Inc. e também a rede de artigos eletrônicos RadioShack Corp. em vendas por recuperação judicial.
O caso foi registrado como In re Quiksilver Inc., 15-11880, U.S. Bankruptcy Court, District of Delaware (Wilmington).
A Quiksilver Inc., rede de vestuário da Califórnia que ajudou a espalhar o estilo dos surfistas e skatistas pelo mundo, entrou com pedido de recuperação judicial com planos de entregar o controle aos seus principais credores.
A empresa, cujas raízes vêm das culturas litorâneas da Austrália e do Sul da Califórnia, não conseguiu concretizar uma reviravolta iniciada em 2013, disse o diretor financeiro da empresa, Andrew Bruenjes, em documentos judiciais apresentados nesta quarta-feira.
A empresa varejista com sede em Huntington Beach, Califórnia, vinha tentando reformular uma organização tão abrangente que essa condição estava prejudicando as operações.
“Essa estrutura criou uma empresa fragmentada com inconsistências regionais de marca”, disse Bruenjes. Quase dois terços das receitas são geradas com vendas fora dos EUA, segundo documentos judiciais.
Os calçados da empresa são desenhados em Huntington Beach, um paraíso para surfistas e fãs de punk rock. As roupas e os acessórios são desenvolvidos em um polo de operações no resort litorâneo de Saint-Jean-de-Luz, na França.
As operações europeias e asiáticas não estão afetadas pelo processo de recuperação judicial, segundo a Quiksilver.
Segundo uma proposta anunciada nesta quarta-feira, a principal credora da Quiksilver, a Oaktree Capital Management LP, trocará seu título de crédito por uma participação majoritária em uma empresa reorganizada.
A Quiksilver buscará aprovação judicial para essa proposta e para um plano relacionado de tomar um empréstimo de US$ 175 milhões de afiliadas da Oaktree. O novo empréstimo será usado para concluir a reestruturação da companhia e cobrir o custo do processo de recuperação judicial.
Estilo surfista
A marca Quiksilver foi fundada na Austrália, em 1969. Em 1976, a empresa atual licenciou a marca e começou a fabricar trajes aquáticos e capacetes, assim como roupas que miram os “amantes das montanhas e dos oceanos”.
A firma vende esses produtos por meio de lojas próprias e em estabelecimentos comerciais especializados em surfe e skate. Até 30 de abril, a companhia contava com cerca de 700 lojas.
A Quiksilver aproveitou quando a moda foi em direção aos estilos surfista e skatista, nos anos 1990 e no início dos anos 2000, juntamente com nomes como Billabong International Ltd. e Pacific Sunwear of California Inc.
A empresa, que se uniu a atletas como o surfista Kelly Slater e o skatista Tony Hawk, patrocinou competições de surfe em todo o mundo.
Mas a mudança nos gostos -- juntamente com pressões maiores sobre a indústria do vestuário -- cobrou seu preço. Após um período de expansão, a Quiksilver teve dificuldades para competir com redes de fast-fashion como a H&M, que atraiu seus clientes adolescentes com preços mais baixos e roupas mais ligadas a novas tendências.
A rede sofreu uma queda de 13 por cento nas vendas no ano passado e seu prejuízo líquido subiu para US$ 309,4 milhões. A empresa listou uma dívida global de US$ 826 milhões e um total de US$ 337 milhões em ativos em seu pedido de recuperação judicial apresentado em Wilmington, Delaware, nos EUA.
Cerca de US$ 500 milhões em dívidas seriam cortados em consonância com o plano de reestruturação proposto, segundo um documento regulatório.
A Quiksilver é a mais recente rede a tropeçar em um cenário de varejo que está mudando.
Firmas de private-equity e investidores em dívidas de liquidação duvidosa têm tirado vantagem, abocanhando marcas de vestuário famosas como Wet Seal Inc. e Frederick’s of Hollywood Inc. e também a rede de artigos eletrônicos RadioShack Corp. em vendas por recuperação judicial.
O caso foi registrado como In re Quiksilver Inc., 15-11880, U.S. Bankruptcy Court, District of Delaware (Wilmington).