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Procuradoria ordena 1ª prisão na Venezuela por caso Odebrecht

"Foi solicitado que a pessoa seja incorporada ao código vermelho da Interpol, caso esteja fora do país", revelou a procuradoria, sem dizer o nome do acusado

Odebrecht: a empreiteira admitiu ter pago subornos em diferentes países, entre eles a Venezuela, para obter contratos de obras públicas (Mariana Bazo/Reuters)
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AFP

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 20h08.

As autoridades venezuelanas quebraram o silêncio sobre o caso Odebrecht nesta quinta-feira (26), quando o Ministério Público informou que solicitou a prisão de uma pessoa supostamente vinculada ao escândalo de subornos.

"Foi solicitado que (a pessoa) seja incorporada ao código vermelho da Interpol, caso esteja fora do país", detalhou a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, em seu programa de rádio.

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Ortega informou que o Ministério Público citou várias pessoas na qualidade de testemunhas e que pediu às autoridades da Suíça uma cópia autenticada da lista de venezuelanos que supostamente receberam depósitos em contas bancárias deste país por parte da empreiteira brasileira.

Também foi "enviada uma carta ao Ministério Público do Brasil a fim de que seja enviada uma cópia autenticada da delação feita por Marcelo Odebrecht", acrescentou a funcionária.

Ortega afirmou que entrará em contato com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que um procurador da Venezuela possa interrogar Marcelo Odebrecht ou outro envolvido no Brasil.

A empreiteira admitiu ter pago subornos em diferentes países, entre eles a Venezuela, para obter contratos de obras públicas.

A Venezuela é o segundo país - atrás do Brasil - onde a construtora reconheceu ter pago mais subornos: "98 milhões de dólares por 32 obras, 11 sem concluir, que custaram 11 bilhões de dólares", afirmou a ONG Transparência Venezuela.

A organização propôs na quarta-feira (25) a criação de um grupo de trabalho integrado por procuradores de diferentes países da América Latina para investigar a rede de corrupção.

Segundo a ONG, a investigação sobre o caso na Venezuela está "praticamente paralisada".

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