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Presidente da Vale destaca demanda alta na China e Índia

Segundo Murilo Ferreira, os dois países ainda têm um longo processo de urbanização, fato que deverá garantir forte demanda para minério e metais


	Murilo Ferreira presidente da Vale:  "é uma demanda que veio para ficar", frisou
 (Divulgação/Vale)

Murilo Ferreira presidente da Vale:  "é uma demanda que veio para ficar", frisou (Divulgação/Vale)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 14h33.

Belo Horizonte - O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse, durante palestra no Congresso Brasileiro de Mineração nesta terça-feira, 24, que a China e Índia ainda têm um longo processo de urbanização, fato que deverá garantir forte demanda para minério e metais.

"Nós temos certeza de que agora é a vez dos países emergentes", disse. Segundo o executivo, a China passa por um processo de melhoria da qualidade das moradias e também para diminuir o atual déficit habitacional.

"São outras fontes de crescimento da demanda. Seis novas megacidades devem surgir nos próximos 15 anos", disse Ferreira, ainda na apresentação. "A urbanização continuará produzindo um impacto sobre a demanda de minério e metais. É uma demanda que veio para ficar", frisou.

O executivo disse que a Vale está se preparando para tal crescimento da demanda e citou os projetos da Salobo, no Pará, o adicional de 40 milhões de toneladas em Carajás, também no Pará, o projeto S11D e o Tubarão VIII.

Sobre o projeto de Salobo, Ferreira disse que já está na sua segunda fase, para acrescentar outras 100 mil toneladas de capacidade, chegando assim à capacidade nominal de 200 mil toneladas de cobre. A projeção é que a segunda fase do projeto esteja operando em junho de 2014.


Ferreira destacou que o projeto S11D, o Serra Sul, é bastante desafiador para a empresa e caracterizou o projeto, que acrescentará à companhia um volume de 90 milhões de toneladas de minério de ferro, como um marco. "Esse é o projeto mais competitivo de minério de ferro", disse. Segundo o executivo, o custo de produção do S11D será de US$ 15 por tonelada.

Os investimentos em logística são mais um fator de desafio. Segundo ele, mesmo com esses investimentos, a empresa precisa se manter competitiva e destacou sua maior concorrente, a Austrália, que está muito mais próxima do continente asiático e, por isso, possui valores de frete muito mais baixos.

O presidente da Vale disse que a mineradora está tendo muitos contatos para fornecer pelotas para siderúrgicas nos Estados Unidos. Ferreira disse que hoje a Vale não é uma fornecedora para o país.

CSA

O executivo também afirmou ter "certeza de que a venda da fatia da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) será resolvida da melhor forma possível".

O executivo disse não saber quando a venda ocorrerá, mas que "esse assunto já era para ter sido resolvido há muito tempo". A CSA foi posta à venda pela alemã ThyssenKrupp no ano passado. A Vale possui uma fatia de 27% na companhia.

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