Negócios

Presidente da Toshiba renunciará por perda multimilionária

Sua decisão pode ser anunciada no próximo dia 14 de fevereiro, quando a empresa apresentará os resultados dos nove primeiros meses do ano fiscal

Sua decisão pode ser anunciada no próximo dia 14 de fevereiro, data na qual a empresa apresentará os resultados correspondentes aos nove primeiros meses do ano fiscal (Reprodução/AFP)

Sua decisão pode ser anunciada no próximo dia 14 de fevereiro, data na qual a empresa apresentará os resultados correspondentes aos nove primeiros meses do ano fiscal (Reprodução/AFP)

E

EFE

Publicado em 28 de janeiro de 2017 às 13h29.

Tóquio - O presidente da Toshiba, Shigenori Shiga, renunciará em breve, assim como a empresa japonesa deixará a construção de usinas nucleares por causa de uma deterioração de ativos multimilionária, informaram neste sábado veículos de comunicação locais.

Shiga, o principal responsável da Toshiba, foi em um dado momento presidente da Westinghouse Electric, unidade de negócio de energia nuclear da Toshiba nos Estados Unidos que enfrenta uma perda considerável após a compra do construtor americano de usinas nucleares CB&I Stone & Webster.

Sua decisão pode ser anunciada no próximo dia 14 de fevereiro, data na qual a empresa apresentará os resultados correspondentes aos nove primeiros meses do ano fiscal (que no Japão termina em 31 de março), afirmou ao jornal "Nikkei" uma fonte próxima, que mencionou também a renúncia do presidente da Westinghouse, Danny Roderick.

Além disso, a Toshiba deixará de aceitar contratos para construir novas usinas atômicas (embora siga construindo as quatro que deve terminar nos EUA até 2020) e continuará apenas com suas operações de manutenção e desmantelamento de instalações nucleares, anteciparam outras fontes à agência "Kyodo".

Shiga, presidente desde junho do ano passado após o expurgo da antiga direção da Toshiba que orquestrou uma trama de manipulação contábil revelada há dois anos, estava a cargo do braço de negócio de energia elétrica quando a Westinghouse comprou a CB&I Stone & Webster no final de 2015.

Em dezembro do ano passado a companhia japonesa informou que poderia sofrer uma deterioração multimilionária de ativos relacionada com esta operação.

Atualmente a Toshiba mantém um litígio com a Chicago Bridge & Iron, de quem adquiriu a empresa em dezembro de 2015, por conta de suas taxações dos ativos e negócios da construtora de usinas atômicas.

Ontem mesmo a gigante tecnológica japonesa anunciou que revisaria suas operações no setor nuclear e que cindirá seu negócio de memórias flash para encontrar financiamento de terceiros e sanear esta situação.

Acompanhe tudo sobre:Presidentes de empresaToshiba

Mais de Negócios

De Brasília, Asper faz R$ 400 mi com cibersegurança e põe o pé nos EUA

Ela criou a primeira empresa de leilão de gado 100% digital focada em cuidado e redução de custos

Natal deve crescer 1,3%, mas ainda não supera resultado pré-pandemia, diz CNC

Empresas alemãs continuam apostando na China: 55% acreditam em liderança em inovação