JBS descarta venda de ativos para reduzir dívida
Metas serão cumpridas sem que negócio seja necessário, afirma presidente da empresa, Wesley Batista
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2013 às 15h23.
Nova York - A eficiência em custos e sinergias decorrentes da integração de mais de uma dúzia de aquisições feitas desde 2007 vão ajudar a brasileira JBS , maior frigorífico do mundo, a cumprir as metas de dívida autoimpostas até o final do próximo ano, sem alienação de ativos, disse seu presidente-executivo, Wesley Batista, nesta quarta-feira.
A dívida líquida deve cair no próximo ano para um pouco abaixo de 3 vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anual, ante 4,03 vezes no fim de setembro deste ano, disse Batista em uma entrevista em Nova York.
A melhora da geração de caixa, impulsionada pelo impacto do enfraquecimento do real sobre exportações, deve ser o principal fator sobre a tendência de redução da dívida, disse ele.
Após a compra da marca de alimentos processados Seara neste ano da rival Marfrig , a JBS se tornou não apenas a maior produtora mundial de carne bovina, mas também de aves. Excluindo a dívida assumida após a compra da Seara, o nível de alavancagem da JBS já está "bem dentro de 3 vezes, e deve cair um pouco mais", disse Batista.
Nenhum desinvestimento de ativos será necessário para atingir uma relação de dívida líquida sobre Ebitda de 3 vezes, afirmou Batista, porque todas as unidades do JBS estão agora totalmente integradas e contribuindo para a rentabilidade e controle de custos.
"Todos os ativos são estratégicos e cumulativos, então eu não vejo por que deveríamos alienar qualquer bem para cumprir as metas de redução da dívida", disse o executivo, que também é membro da família controladora da empresa. A companhia não vê necessidade de explorar o mercado de bônus" neste momento "para refinanciar vencimentos ou dívida mais cara", acrescentou.
A receita da JBS para reduzir a dívida "é simples:.. nosso objetivo é gerar mais caixa que vai nos permitir pagar a dívida mais rapidamente. Estamos fazendo nosso dever de casa nesse assunto - o Ebitda está crescendo de forma saudável, as margens estão sendo protegidas, nós somos mais competitivos agora do que há alguns anos", disse ele.
Batista afirmou também que, para manter a JBS competitiva, é importante que o real se mantenha próximo aos níveis atuais ou que enfraqueça ainda mais no próximo ano. O real acumula queda de quase 10 por cento ante o dólar neste ano, até o momento. Nos últimos meses, a moeda chegou a tocar o menor nível desde a crise financeira global de 2008.
Sem queda nas margens
Batista tem dito repetidamente que a JBS pode economizar 1,2 bilhão de reais no próximo ano por meio de economia de custos pela integração com o Seara.
As perspectivas para as exportações de carne bovina dos Estados Unidos, onde a JBS tem uma operação relevante, continua a ser "muito positiva", disse Batista, acrescentando que um processo de ganho de produtividade em matadouros no país e a crescente demanda da China por proteínas animais vão ajudar a sustentar as margens.
O executivo afirmou também que o impacto das políticas de retenção de rebanho nos EUA e maior confinamento no Brasil não devem ter um impacto significativo nas margens.
Batista disse na semana passada, em um evento em São Paulo, que a receita deve ficar em 120 bilhões de reais no próximo ano. A JBS teve lucro líquido de 258 milhões de reais no terceiro trimestre, abaixo das estimativas dos analistas, devido a um forte aumento dos custos operacionais em relação ao ano passado.
Nova York - A eficiência em custos e sinergias decorrentes da integração de mais de uma dúzia de aquisições feitas desde 2007 vão ajudar a brasileira JBS , maior frigorífico do mundo, a cumprir as metas de dívida autoimpostas até o final do próximo ano, sem alienação de ativos, disse seu presidente-executivo, Wesley Batista, nesta quarta-feira.
A dívida líquida deve cair no próximo ano para um pouco abaixo de 3 vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anual, ante 4,03 vezes no fim de setembro deste ano, disse Batista em uma entrevista em Nova York.
A melhora da geração de caixa, impulsionada pelo impacto do enfraquecimento do real sobre exportações, deve ser o principal fator sobre a tendência de redução da dívida, disse ele.
Após a compra da marca de alimentos processados Seara neste ano da rival Marfrig , a JBS se tornou não apenas a maior produtora mundial de carne bovina, mas também de aves. Excluindo a dívida assumida após a compra da Seara, o nível de alavancagem da JBS já está "bem dentro de 3 vezes, e deve cair um pouco mais", disse Batista.
Nenhum desinvestimento de ativos será necessário para atingir uma relação de dívida líquida sobre Ebitda de 3 vezes, afirmou Batista, porque todas as unidades do JBS estão agora totalmente integradas e contribuindo para a rentabilidade e controle de custos.
"Todos os ativos são estratégicos e cumulativos, então eu não vejo por que deveríamos alienar qualquer bem para cumprir as metas de redução da dívida", disse o executivo, que também é membro da família controladora da empresa. A companhia não vê necessidade de explorar o mercado de bônus" neste momento "para refinanciar vencimentos ou dívida mais cara", acrescentou.
A receita da JBS para reduzir a dívida "é simples:.. nosso objetivo é gerar mais caixa que vai nos permitir pagar a dívida mais rapidamente. Estamos fazendo nosso dever de casa nesse assunto - o Ebitda está crescendo de forma saudável, as margens estão sendo protegidas, nós somos mais competitivos agora do que há alguns anos", disse ele.
Batista afirmou também que, para manter a JBS competitiva, é importante que o real se mantenha próximo aos níveis atuais ou que enfraqueça ainda mais no próximo ano. O real acumula queda de quase 10 por cento ante o dólar neste ano, até o momento. Nos últimos meses, a moeda chegou a tocar o menor nível desde a crise financeira global de 2008.
Sem queda nas margens
Batista tem dito repetidamente que a JBS pode economizar 1,2 bilhão de reais no próximo ano por meio de economia de custos pela integração com o Seara.
As perspectivas para as exportações de carne bovina dos Estados Unidos, onde a JBS tem uma operação relevante, continua a ser "muito positiva", disse Batista, acrescentando que um processo de ganho de produtividade em matadouros no país e a crescente demanda da China por proteínas animais vão ajudar a sustentar as margens.
O executivo afirmou também que o impacto das políticas de retenção de rebanho nos EUA e maior confinamento no Brasil não devem ter um impacto significativo nas margens.
Batista disse na semana passada, em um evento em São Paulo, que a receita deve ficar em 120 bilhões de reais no próximo ano. A JBS teve lucro líquido de 258 milhões de reais no terceiro trimestre, abaixo das estimativas dos analistas, devido a um forte aumento dos custos operacionais em relação ao ano passado.