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Por que o lucro da BRF caiu 75%, mas poderia ter sido pior

No terceiro trimestre, companhia somou ganhos de R$ 91 milhões e foi prejudicada principalmente pelas suas operações no mercado externo

EXAME.com (EXAME.com)

Daniela Barbosa

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 13h22.

São Paulo – Sim, o lucro da Brasil Foods (BRF) caiu 75% no terceiro trimestre, mas não espantou. Isso porque, o resultado esperado pelo mercado e até pela própria companhia era muito pior. No período, a empresa somou ganhos de 91 milhões de reais, no mesmo trimestre de 2011, o lucro registrado tinha sido de 365 milhões de reais. No acumulado do ano, a queda foi ainda maior e despencou quase 80%.

Segundo Leopoldo Saboya, vice-presidente de finanças da BRF, a companhia estava convicta de que o terceiro trimestre seria difícil e bem pior que o período anterior. “Mas não foi. Conseguimos atingir resultado similar ao segundo trimestre e o grande destaque do período foi o crescimento do nosso faturamento”, afirmou o executivo, em encontro com analistas e investidores, nesta terça-feira.

Na contramão do lucro, a receita da BRF cresceu 14,3% em relação ao mesmo período de 2011, totalizando 7,2 bilhões de reais. No Oriente Médio, o faturamento foi maior 46,5%, atingindo a cifra recorde de 1,1 bilhão de reais, mas, apesar do bom desempenho da região, as operações externas da companhia pesaram de maneira negativa no balanço da Brasil Foods.

“Houve um descompasso entre os custos e os preços praticados no mercado externo. O mundo ainda não está de bom humor, por isso, algumas regiões, como Japão e Europa, vão continuar pesando de maneira desfavorável nas nossas operações em 2013”, afirmou José Antônio do Prado Fay, presidente da companhia. Os negócios internacionais da Brasil Foods representam 40% do faturamento total da companhia.

De acordo com relatório do banco UBS, assinado por Marimar Torreblanca, os resultados da empresa foram acima do que era estimado pelo banco, mesmo com todas as restrições que ainda cumpridas pela companhia por conta da fusão entre as marcas Sadia e Perdigão.


“Os preços dos grãos ainda podem pressionar a companhia, mas os números do trimestre são uma prova de que a BRF sabe conduzir um negócio”, disse.

Veja, a seguir, quatro razões que contribuíram para que o lucro da Brasil Foods não despencasse ainda mais:

Mercado interno: no trimestre, as vendas da BRF no Brasil cresceram 7,4% na comparação com o trimestre anterior e totalizaram 3,1 bilhões de reais. Segundo Fay, as operações do Brasil devem continuar crescendo e contribuindo de maneira positiva nos números da Brasil Foods.

Aumento dos preços: para compensar o aumento dos custos, principalmente com grão, a Brasil Foods aumentou em até 4,5% seus preços. Mesmo não conseguindo compensar o aumento dos gastos, o reajuste contribuiu para que o lucro da BRF não fosse ainda menor. “O repasse no mercado interno foi bem, mas não conseguimos fazer a compensação”, disse Saboya.

Concentração de lançamentos: entre os meses de julho a setembro a Brasil Foods lançou 115 produtos. O número representa mais de 40% do total de novos produtos apresentados pela companhia no ano todo. Até setembro, 283 produtos chegaram às prateleiras.

Oriente Médio: o mercado internacional não foi tão positivo para os negócios da BRF no terceiro trimestre, mesmo assim, algumas regiões contribuíram de forma positiva no balanço. No Oriente Médio, o crescimento da receita da companhia superou qualquer outra região onde a Brasil Foods está presente, inclusive o Brasil. Lá o faturamento foi 46,5% maior no trimestre, somando mais de 1,1 bilhão de reais.

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São Paulo – Sim, o lucro da Brasil Foods (BRF) caiu 75% no terceiro trimestre, mas não espantou. Isso porque, o resultado esperado pelo mercado e até pela própria companhia era muito pior. No período, a empresa somou ganhos de 91 milhões de reais, no mesmo trimestre de 2011, o lucro registrado tinha sido de 365 milhões de reais. No acumulado do ano, a queda foi ainda maior e despencou quase 80%.

Segundo Leopoldo Saboya, vice-presidente de finanças da BRF, a companhia estava convicta de que o terceiro trimestre seria difícil e bem pior que o período anterior. “Mas não foi. Conseguimos atingir resultado similar ao segundo trimestre e o grande destaque do período foi o crescimento do nosso faturamento”, afirmou o executivo, em encontro com analistas e investidores, nesta terça-feira.

Na contramão do lucro, a receita da BRF cresceu 14,3% em relação ao mesmo período de 2011, totalizando 7,2 bilhões de reais. No Oriente Médio, o faturamento foi maior 46,5%, atingindo a cifra recorde de 1,1 bilhão de reais, mas, apesar do bom desempenho da região, as operações externas da companhia pesaram de maneira negativa no balanço da Brasil Foods.

“Houve um descompasso entre os custos e os preços praticados no mercado externo. O mundo ainda não está de bom humor, por isso, algumas regiões, como Japão e Europa, vão continuar pesando de maneira desfavorável nas nossas operações em 2013”, afirmou José Antônio do Prado Fay, presidente da companhia. Os negócios internacionais da Brasil Foods representam 40% do faturamento total da companhia.

De acordo com relatório do banco UBS, assinado por Marimar Torreblanca, os resultados da empresa foram acima do que era estimado pelo banco, mesmo com todas as restrições que ainda cumpridas pela companhia por conta da fusão entre as marcas Sadia e Perdigão.


“Os preços dos grãos ainda podem pressionar a companhia, mas os números do trimestre são uma prova de que a BRF sabe conduzir um negócio”, disse.

Veja, a seguir, quatro razões que contribuíram para que o lucro da Brasil Foods não despencasse ainda mais:

Mercado interno: no trimestre, as vendas da BRF no Brasil cresceram 7,4% na comparação com o trimestre anterior e totalizaram 3,1 bilhões de reais. Segundo Fay, as operações do Brasil devem continuar crescendo e contribuindo de maneira positiva nos números da Brasil Foods.

Aumento dos preços: para compensar o aumento dos custos, principalmente com grão, a Brasil Foods aumentou em até 4,5% seus preços. Mesmo não conseguindo compensar o aumento dos gastos, o reajuste contribuiu para que o lucro da BRF não fosse ainda menor. “O repasse no mercado interno foi bem, mas não conseguimos fazer a compensação”, disse Saboya.

Concentração de lançamentos: entre os meses de julho a setembro a Brasil Foods lançou 115 produtos. O número representa mais de 40% do total de novos produtos apresentados pela companhia no ano todo. Até setembro, 283 produtos chegaram às prateleiras.

Oriente Médio: o mercado internacional não foi tão positivo para os negócios da BRF no terceiro trimestre, mesmo assim, algumas regiões contribuíram de forma positiva no balanço. No Oriente Médio, o crescimento da receita da companhia superou qualquer outra região onde a Brasil Foods está presente, inclusive o Brasil. Lá o faturamento foi 46,5% maior no trimestre, somando mais de 1,1 bilhão de reais.

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