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Por que a Casas Bahia não fará aquisições agora, segundo Michael Klein

Em entrevista a EXAME.com, empresário prefere esperar que a associação com o Pão de Açúcar seja julgada pelo Cade

Klein, da Casas Bahia: à espera do aval do Cade para voltar às compras (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2012 às 11h19.

São Paulo – A agressiva rodada de aquisições no varejo de eletroeletrônicos pode ter esfriado, mas ainda há espaço para mais, segundo Michael Klein, um dos donos da Casas Bahia e atual presidente do conselho de administração da Globex.

A própria trajetória de Klein é um exemplo. A Globex é a holding do Grupo Pão de Açúcar , de Abílio Diniz, que reúne a Casas Bahia e o Ponto Frio . Klein foi nomeado para o conselho ao se associar a Diniz na Globex, hoje a maior varejista de eletroeletrônico do país.

Klein, no entanto, afirma que a rede só voltará às compras, quando o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a operação que uniu a sua rede ao Ponto Frio. “Não adianta acumular demandas no Cade”, afirmou a EXAME.com.

O empresário concedeu uma entrevista por telefone de Fortaleza, onde participou, nesta terça-feira, da coletiva de imprensa sobre a inauguração, que ocorre amanhã, das duas primeiras lojas da Casas Bahia no estado. Veja os principais trechos:

EXAME.com – Qual é o potencial do Ceará para a Casas Bahia?
Michael Klein –
Estas duas primeiras lojas são a nossa porta de entrada no estado. Calculamos que a região metropolitana de Fortaleza possa chegar a 20 lojas nos próximos dois anos. No estado inteiro, poderão ser de 25 a 30 lojas.

EXAME.com – A Casas Bahia tem, hoje, 31 lojas na Bahia. O Ceará será o segundo maior mercado na região?
Klein –
Sim. Já temos uma verba destinada ao Ceará e estamos prospectando locais. Costumamos investir, em média, de 2 a 3 milhões de reais por loja. No Ceará, vamos investir de 40 a 50 milhões de reais.


EXAME.com – Estão previstas aquisições para crescer no estado ou no Nordeste?
Klein –
Nossa filosofia é sempre trabalhar com o crescimento orgânico (abertura de lojas próprias). Mas, se houver oportunidades, vamos avaliar.

EXAME.com – Ainda há espaço para aquisições no setor de eletroeletrônico?
Klein –
Sim, ainda há espaço para consolidação. O que podemos dizer, por enquanto, é que, mesmo para nos consolidarmos no nordeste ou em outras regiões, precisamos esperar que o Cade decida sobre as sinergias que já estão em andamento [a associação da Casas Bahia com o Ponto Frio]. Como vamos procurar uma nova rede, se o processo anterior ainda não terminou? Estamos em compasso de espera.

EXAME.com – Os senhores vão esperar o resultado do Cade, então, para avaliar aquisições?
Klein –
Sim. É melhor não acumular demandas no Cade, senão, vai atrapalhar o que já está em andamento. Uma aquisição agora poderia nos fazer voltar dois anos no processo, porque o Cade poderia decidir analisar tudo junto, e pedir novas informações.

EXAME.com – E quais são os planos de expansão orgânica do grupo?
Klein –
O nordeste vai concentrar a maior parte dos investimentos em expansão. O espaço para crescer é muito grande. O que o conselho da Globex aprovou para o triênio 2012-2014 é a abertura de 210 lojas. Destas, boa parte vai para o nordeste, em cidades acima de 100.000 habitantes.

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São Paulo – A agressiva rodada de aquisições no varejo de eletroeletrônicos pode ter esfriado, mas ainda há espaço para mais, segundo Michael Klein, um dos donos da Casas Bahia e atual presidente do conselho de administração da Globex.

A própria trajetória de Klein é um exemplo. A Globex é a holding do Grupo Pão de Açúcar , de Abílio Diniz, que reúne a Casas Bahia e o Ponto Frio . Klein foi nomeado para o conselho ao se associar a Diniz na Globex, hoje a maior varejista de eletroeletrônico do país.

Klein, no entanto, afirma que a rede só voltará às compras, quando o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a operação que uniu a sua rede ao Ponto Frio. “Não adianta acumular demandas no Cade”, afirmou a EXAME.com.

O empresário concedeu uma entrevista por telefone de Fortaleza, onde participou, nesta terça-feira, da coletiva de imprensa sobre a inauguração, que ocorre amanhã, das duas primeiras lojas da Casas Bahia no estado. Veja os principais trechos:

EXAME.com – Qual é o potencial do Ceará para a Casas Bahia?
Michael Klein –
Estas duas primeiras lojas são a nossa porta de entrada no estado. Calculamos que a região metropolitana de Fortaleza possa chegar a 20 lojas nos próximos dois anos. No estado inteiro, poderão ser de 25 a 30 lojas.

EXAME.com – A Casas Bahia tem, hoje, 31 lojas na Bahia. O Ceará será o segundo maior mercado na região?
Klein –
Sim. Já temos uma verba destinada ao Ceará e estamos prospectando locais. Costumamos investir, em média, de 2 a 3 milhões de reais por loja. No Ceará, vamos investir de 40 a 50 milhões de reais.


EXAME.com – Estão previstas aquisições para crescer no estado ou no Nordeste?
Klein –
Nossa filosofia é sempre trabalhar com o crescimento orgânico (abertura de lojas próprias). Mas, se houver oportunidades, vamos avaliar.

EXAME.com – Ainda há espaço para aquisições no setor de eletroeletrônico?
Klein –
Sim, ainda há espaço para consolidação. O que podemos dizer, por enquanto, é que, mesmo para nos consolidarmos no nordeste ou em outras regiões, precisamos esperar que o Cade decida sobre as sinergias que já estão em andamento [a associação da Casas Bahia com o Ponto Frio]. Como vamos procurar uma nova rede, se o processo anterior ainda não terminou? Estamos em compasso de espera.

EXAME.com – Os senhores vão esperar o resultado do Cade, então, para avaliar aquisições?
Klein –
Sim. É melhor não acumular demandas no Cade, senão, vai atrapalhar o que já está em andamento. Uma aquisição agora poderia nos fazer voltar dois anos no processo, porque o Cade poderia decidir analisar tudo junto, e pedir novas informações.

EXAME.com – E quais são os planos de expansão orgânica do grupo?
Klein –
O nordeste vai concentrar a maior parte dos investimentos em expansão. O espaço para crescer é muito grande. O que o conselho da Globex aprovou para o triênio 2012-2014 é a abertura de 210 lojas. Destas, boa parte vai para o nordeste, em cidades acima de 100.000 habitantes.

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