Plano de recuperação da OSX está 75% implantado
Presidente da companhia criada por Eike Batista, Eduardo Farina diz que " mercado está difícil porque há excesso de oferta"
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2016 às 18h31.
Rio - Um ano e meio após a homologação, a OSX , empresa de construção naval do grupo criado pelo empresário Eike Batista , está com três quartos de seu plano de recuperação judicial implantado, afirmou nesta quinta-feira, 14, o presidente da companhia, Eduardo Farina. Ainda assim, falta vender duas plataformas flutuantes (FPSOs), o que não deverá ocorrer antes de meados de 2017, segundo Farina.
"O mercado está difícil porque há excesso de oferta", afirmou Farina ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antes de participar de reunião promovida pela Apimec, no Rio. O executivo citou os preços globais do petróleo e a diminuição dos investimentos da Petrobras, maior contratante de FPSOs no mundo, como motivos por trás da sobreoferta.
Pelo lado da geração de receitas, Farina está "moderadamente" otimista. A melhora no humor empresarial e o avanço no projeto do Porto do Açu, no litoral norte do Rio, elevaram os contatos comerciais da OSX.
Conforme o plano de recuperação, a locação de uma área de 3,2 milhões de metros quadrados no Porto do Açu, para atividades de construção naval, apoio à operação off-shore e montagem industrial, será a principal fonte de receita da OSX. O projeto portuário foi concebido pelo grupo de Eike, para funcionar como complexo industrial e de construção naval. A OSX, além de operadora de plataformas off-shore, teria um estaleiro ali.
Segundo Farina, quando estiver 100% alugada, a área poderá render US$ 100 milhões ao ano para a OSX. Nenhum contrato de locação foi assinado, mas, segundo o executivo, a companhia tem recebido duas visitas por semana de clientes em potencial, na esteira da melhora no cenário do setor de petróleo e gás.
Farina citou a alta nas cotações do petróleo, a nova diretoria da Petrobras, indicada pelo governo do presidente em exercício Michel Temer, o avanço do projeto de lei que tira a obrigatoriedade de a Petrobras operar e participar com pelo menos 30% de todas as áreas do pré-sal e a perspectiva de uma licitação de áreas do pré-sal ano que vem como razões para a melhora.
Ainda assim, Farina cobrou uma gestão fiscal mais séria por parte da nova equipe econômica, com mais austeridade. "O governo poderia ser mais ousado", disse o presidente da OSX.
A OSX entrou em recuperação judicial com R$ 5,5 bilhões em dívidas. Em janeiro deste ano, Eike repassou ao Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, 28,79% das ações ordinárias da OSX. No total, o empresário transferiu suas ações em quatro empresas para o Mubadala, sócio do Grupo X desde 2012. Eike deixou de receber um salário anual de US$ 5 milhões, mas extinguindo de vez uma dívida total de US$ 2 bilhões com o fundo.
Rio - Um ano e meio após a homologação, a OSX , empresa de construção naval do grupo criado pelo empresário Eike Batista , está com três quartos de seu plano de recuperação judicial implantado, afirmou nesta quinta-feira, 14, o presidente da companhia, Eduardo Farina. Ainda assim, falta vender duas plataformas flutuantes (FPSOs), o que não deverá ocorrer antes de meados de 2017, segundo Farina.
"O mercado está difícil porque há excesso de oferta", afirmou Farina ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antes de participar de reunião promovida pela Apimec, no Rio. O executivo citou os preços globais do petróleo e a diminuição dos investimentos da Petrobras, maior contratante de FPSOs no mundo, como motivos por trás da sobreoferta.
Pelo lado da geração de receitas, Farina está "moderadamente" otimista. A melhora no humor empresarial e o avanço no projeto do Porto do Açu, no litoral norte do Rio, elevaram os contatos comerciais da OSX.
Conforme o plano de recuperação, a locação de uma área de 3,2 milhões de metros quadrados no Porto do Açu, para atividades de construção naval, apoio à operação off-shore e montagem industrial, será a principal fonte de receita da OSX. O projeto portuário foi concebido pelo grupo de Eike, para funcionar como complexo industrial e de construção naval. A OSX, além de operadora de plataformas off-shore, teria um estaleiro ali.
Segundo Farina, quando estiver 100% alugada, a área poderá render US$ 100 milhões ao ano para a OSX. Nenhum contrato de locação foi assinado, mas, segundo o executivo, a companhia tem recebido duas visitas por semana de clientes em potencial, na esteira da melhora no cenário do setor de petróleo e gás.
Farina citou a alta nas cotações do petróleo, a nova diretoria da Petrobras, indicada pelo governo do presidente em exercício Michel Temer, o avanço do projeto de lei que tira a obrigatoriedade de a Petrobras operar e participar com pelo menos 30% de todas as áreas do pré-sal e a perspectiva de uma licitação de áreas do pré-sal ano que vem como razões para a melhora.
Ainda assim, Farina cobrou uma gestão fiscal mais séria por parte da nova equipe econômica, com mais austeridade. "O governo poderia ser mais ousado", disse o presidente da OSX.
A OSX entrou em recuperação judicial com R$ 5,5 bilhões em dívidas. Em janeiro deste ano, Eike repassou ao Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, 28,79% das ações ordinárias da OSX. No total, o empresário transferiu suas ações em quatro empresas para o Mubadala, sócio do Grupo X desde 2012. Eike deixou de receber um salário anual de US$ 5 milhões, mas extinguindo de vez uma dívida total de US$ 2 bilhões com o fundo.