Petrobras: renovação de acordo com Bolívia interessa a todos
O Brasil importa 30 milhões de metros cúbicos diários de gás natural boliviano através de contrato que vence em 2019
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2011 às 11h00.
Rio de Janeiro - A renovação do contrato pelo qual o Brasil importa 30 milhões de metros cúbicos diários de gás natural boliviano, que vence em 2019, interessa tanto ao Brasil quanto à Bolívia, disse nesta terça-feira uma fonte da Petrobras.
"Trata-se de um negócio que interessa aos dois lados, porque existe um gasoduto construído. Se a Bolívia tem gás, o que vai fazer com ele? Vai construir um novo gasoduto para exportá-lo ou utilizar um já existente?", questionou em entrevista à Agência Efe o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa.
O executivo acrescentou que o Brasil também se interessa em manter a provisão boliviana, embora tenha esclarecido que atualmente o país tem "mais flexibilidade do que no passado" para substituir o gás natural da Bolívia pelo de outras fontes.
"O mercado brasileiro é um mercado crescente que poderá ter demanda para consumir esse gás. A renovação permite ganho a ambas as partes: supre o mercado brasileiro, utiliza uma capacidade instalada e gera riqueza para os bolivianos", segundo Barbassa.
O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, admitiu na segunda-feira em entrevista coletiva que o Brasil terá em 2020, ou seja, um ano depois do vencimento do contrato com a Bolívia, uma demanda não atendida de gás natural de perto de 27 milhões de metros cúbicos diários.
Segundo as projeções de Gabrielli, o consumo de gás natural no Brasil passará de 96 milhões de metros cúbicos diários neste ano para até cerca de 200 milhões em 2020. Porém, a oferta do combustível nesse período aumentará somente de 106 para 173 milhões de metros cúbicos.
Esse déficit de 27 milhões de metros cúbicos será consequência de um aumento do consumo de gás no Brasil para produzir adubos e pelo fato de que a atual demanda para as usinas térmicas de geração de energia subirá de 38 para 76 milhões de metros cúbicos diários até 2020.
Gabrielli, que não mencionou a renovação do contrato com a Bolívia, afirmou que a companhia ainda tem tempo para desenvolver os projetos necessários para garantir o fornecimento em 2020.
Questionado sobre se o déficit de gás previsto obrigará a Petrobras a renovar seu contrato com a Bolívia, Barbassa afirmou que a palavra "obrigar" não é a adequada para se referir a negócios.
"Ainda falta muito para 2020. Muita coisa pode ocorrer até lá, inclusive o crescimento da produção brasileira", afirmou.
Rio de Janeiro - A renovação do contrato pelo qual o Brasil importa 30 milhões de metros cúbicos diários de gás natural boliviano, que vence em 2019, interessa tanto ao Brasil quanto à Bolívia, disse nesta terça-feira uma fonte da Petrobras.
"Trata-se de um negócio que interessa aos dois lados, porque existe um gasoduto construído. Se a Bolívia tem gás, o que vai fazer com ele? Vai construir um novo gasoduto para exportá-lo ou utilizar um já existente?", questionou em entrevista à Agência Efe o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa.
O executivo acrescentou que o Brasil também se interessa em manter a provisão boliviana, embora tenha esclarecido que atualmente o país tem "mais flexibilidade do que no passado" para substituir o gás natural da Bolívia pelo de outras fontes.
"O mercado brasileiro é um mercado crescente que poderá ter demanda para consumir esse gás. A renovação permite ganho a ambas as partes: supre o mercado brasileiro, utiliza uma capacidade instalada e gera riqueza para os bolivianos", segundo Barbassa.
O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, admitiu na segunda-feira em entrevista coletiva que o Brasil terá em 2020, ou seja, um ano depois do vencimento do contrato com a Bolívia, uma demanda não atendida de gás natural de perto de 27 milhões de metros cúbicos diários.
Segundo as projeções de Gabrielli, o consumo de gás natural no Brasil passará de 96 milhões de metros cúbicos diários neste ano para até cerca de 200 milhões em 2020. Porém, a oferta do combustível nesse período aumentará somente de 106 para 173 milhões de metros cúbicos.
Esse déficit de 27 milhões de metros cúbicos será consequência de um aumento do consumo de gás no Brasil para produzir adubos e pelo fato de que a atual demanda para as usinas térmicas de geração de energia subirá de 38 para 76 milhões de metros cúbicos diários até 2020.
Gabrielli, que não mencionou a renovação do contrato com a Bolívia, afirmou que a companhia ainda tem tempo para desenvolver os projetos necessários para garantir o fornecimento em 2020.
Questionado sobre se o déficit de gás previsto obrigará a Petrobras a renovar seu contrato com a Bolívia, Barbassa afirmou que a palavra "obrigar" não é a adequada para se referir a negócios.
"Ainda falta muito para 2020. Muita coisa pode ocorrer até lá, inclusive o crescimento da produção brasileira", afirmou.