Petrobras prevê retomar autossuficiência em petróleo em 2014
Em 2006, o Brasil comemorou a autossuficiência em petróleo, mas poucos anos depois a perdeu porque a produção não acompanhou o ritmo acelerado da demanda
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2013 às 17h13.
Rio de Janeiro - A Petrobras prevê que o Brasil retomará a autossuficiência em petróleo no próximo ano, mas estima somente para o final da década o equilíbrio entre produção e consumo de derivados, informou nesta segunda-feira um executivo da companhia.
A estatal brasileira espera que a extração de petróleo volte a crescer a partir do segundo semestre deste ano, quando as paradas programadas de plataformas perderão ritmo e novos sistemas produtivos entrarão em operação, segundo estimaram diretores da empresa durante teleconferência para detalhar resultados.
"Em volume de petróleo a nossa expectativa é que em 2014 a produção supere o consumo... Já tivemos autossuficiência no passado e vamos 'reatingir' com crescimento da produção de óleo", afirmou o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Cosenza.
Em 2006, o Brasil comemorou a autossuficiência em petróleo, mas poucos anos depois a perdeu porque a produção não acompanhou o ritmo acelerado da demanda pela commodity.
Deve colaborar para o aumento da produção, ainda que timidamente, a retomada da unidade de Frade, operada pela norte-americana Chevron. E estatal, que tem 30 % de fatia no campo, espera que sua parcela de produção fique entre 4,5 e 5 mil barris por dia.
A produção de petróleo e gás da estatal caiu 5 % no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2012, para 2,552 milhões de barris ao dia, devido principalmente às paradas de manutenção, informou a empresa na sexta-feira.
A extração de petróleo da Petrobras tem recuado também devido ao declínio natural de poços da bacia de Campos.
No segundo trimestre, as paradas programadas de plataformas deverão se manter no mesmo nível do primeiro, quando foram realizadas em cinco unidades e em um FPSO, disse o diretor de Exploração e Produção da estatal, José Formigli, durante a teleconferência para apresentação dos resultados nesta segunda-feira.
Importação maior
Como resultado da queda na produção e do aumento das necessidades de refino, a Petrobras reduziu as exportações de petróleo à mais da metade, de 497 mil barris no primeiro trimestre de 2012 para 215 mil barris diários no mesmo período deste ano.
As importações de petróleo dispararam e a empresa amargou uma drástica reversão, de um superávit de 139 mil barris por dia no primeiro trimestre de 2012 para um déficit de 269 mil barris diários de petróleo.
Em derivados, a Petrobras manteve o mesmo nível de importações líquidas, com déficit de 185 mil barris.
O Brasil nunca foi autossuficiente em derivados de petróleo, e a produção só deverá superar o consumo entre 2018 e 2020, com a entrada em operação de novas refinarias, disse o diretor de Abastecimento nesta segunda-feira.
A área de refino da Petrobras está operando no limite, a 98 % de utilização da capacidade instalada, um nível bem acima da média da indústria brasileira.
Cosenza disse que os níveis elevados de operação não colocam em risco a segurança das refinarias e que as paradas estão sendo feitas conforme a necessidade.
A meta da empresa é manter elevado o nível de processamento em suas refinarias, o que permitirá reduzir as importações de derivados de petróleo e, por consequência, os custos do produto vendido, disse Cosenza.
Segundo ele, as importações de gasolina e diesel devem ficar em média em 260 mil barris diários de abril a dezembro. A estimativa supera a média do primeiro trimestre, de 240 mil barris diários, mas é inferior à do último trimestre do ano passado, de 337 mil barris.
O consumo de combustíveis costuma ser menor no primeiro trimestre, o que reduz as necessidades de importação.
A empresa planeja, inclusive, fazer uma parada importante ao final do ano, em uma refinaria de São Paulo.
As ações da Petrobras operavam em alta de quase 6 % às 16h19, apesar do lucro líquido da empresa ter recuado 17 % no primeiro trimestre, para 7,7 bilhões de reais. O resultado ficou acima da expectativa do mercado.
Investimentos
A Petrobras mantém sua meta de investimento no ano de 2013 em 48 bilhões de dólares, após investir 10 bilhões de dólares no primeiro trimestre, disse o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, durante a teleconferência.
Os investimentos totais previstos no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 somam 236,7 bilhões de dólares --maior programa empresarial de gastos do mundo. O plano divulgado em março previu um aumento nos investimentos em exploração e produção.
Rio de Janeiro - A Petrobras prevê que o Brasil retomará a autossuficiência em petróleo no próximo ano, mas estima somente para o final da década o equilíbrio entre produção e consumo de derivados, informou nesta segunda-feira um executivo da companhia.
A estatal brasileira espera que a extração de petróleo volte a crescer a partir do segundo semestre deste ano, quando as paradas programadas de plataformas perderão ritmo e novos sistemas produtivos entrarão em operação, segundo estimaram diretores da empresa durante teleconferência para detalhar resultados.
"Em volume de petróleo a nossa expectativa é que em 2014 a produção supere o consumo... Já tivemos autossuficiência no passado e vamos 'reatingir' com crescimento da produção de óleo", afirmou o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Cosenza.
Em 2006, o Brasil comemorou a autossuficiência em petróleo, mas poucos anos depois a perdeu porque a produção não acompanhou o ritmo acelerado da demanda pela commodity.
Deve colaborar para o aumento da produção, ainda que timidamente, a retomada da unidade de Frade, operada pela norte-americana Chevron. E estatal, que tem 30 % de fatia no campo, espera que sua parcela de produção fique entre 4,5 e 5 mil barris por dia.
A produção de petróleo e gás da estatal caiu 5 % no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2012, para 2,552 milhões de barris ao dia, devido principalmente às paradas de manutenção, informou a empresa na sexta-feira.
A extração de petróleo da Petrobras tem recuado também devido ao declínio natural de poços da bacia de Campos.
No segundo trimestre, as paradas programadas de plataformas deverão se manter no mesmo nível do primeiro, quando foram realizadas em cinco unidades e em um FPSO, disse o diretor de Exploração e Produção da estatal, José Formigli, durante a teleconferência para apresentação dos resultados nesta segunda-feira.
Importação maior
Como resultado da queda na produção e do aumento das necessidades de refino, a Petrobras reduziu as exportações de petróleo à mais da metade, de 497 mil barris no primeiro trimestre de 2012 para 215 mil barris diários no mesmo período deste ano.
As importações de petróleo dispararam e a empresa amargou uma drástica reversão, de um superávit de 139 mil barris por dia no primeiro trimestre de 2012 para um déficit de 269 mil barris diários de petróleo.
Em derivados, a Petrobras manteve o mesmo nível de importações líquidas, com déficit de 185 mil barris.
O Brasil nunca foi autossuficiente em derivados de petróleo, e a produção só deverá superar o consumo entre 2018 e 2020, com a entrada em operação de novas refinarias, disse o diretor de Abastecimento nesta segunda-feira.
A área de refino da Petrobras está operando no limite, a 98 % de utilização da capacidade instalada, um nível bem acima da média da indústria brasileira.
Cosenza disse que os níveis elevados de operação não colocam em risco a segurança das refinarias e que as paradas estão sendo feitas conforme a necessidade.
A meta da empresa é manter elevado o nível de processamento em suas refinarias, o que permitirá reduzir as importações de derivados de petróleo e, por consequência, os custos do produto vendido, disse Cosenza.
Segundo ele, as importações de gasolina e diesel devem ficar em média em 260 mil barris diários de abril a dezembro. A estimativa supera a média do primeiro trimestre, de 240 mil barris diários, mas é inferior à do último trimestre do ano passado, de 337 mil barris.
O consumo de combustíveis costuma ser menor no primeiro trimestre, o que reduz as necessidades de importação.
A empresa planeja, inclusive, fazer uma parada importante ao final do ano, em uma refinaria de São Paulo.
As ações da Petrobras operavam em alta de quase 6 % às 16h19, apesar do lucro líquido da empresa ter recuado 17 % no primeiro trimestre, para 7,7 bilhões de reais. O resultado ficou acima da expectativa do mercado.
Investimentos
A Petrobras mantém sua meta de investimento no ano de 2013 em 48 bilhões de dólares, após investir 10 bilhões de dólares no primeiro trimestre, disse o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, durante a teleconferência.
Os investimentos totais previstos no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 somam 236,7 bilhões de dólares --maior programa empresarial de gastos do mundo. O plano divulgado em março previu um aumento nos investimentos em exploração e produção.