Petrobras prevê boas notícias em pouco tempo na venda de ativos, diz CEO
Plano de desinvestimento foca nos ativos de maior retorno financeiro, como produção de petróleo em águas profundas, e redução de dívida U$ 89 bilhões
Reuters
Publicado em 19 de maio de 2020 às 13h02.
A Petrobras prevê anunciar em pouco tempo boas notícias relacionadas à venda de ativos, em importante passo na busca por redução da dívida da companhia, afirmou nesta terça-feira o presidente da petroleira estatal, Roberto Castello Branco, em uma videoconferência transmitida pelo banco Safra.
O executivo, que não deu detalhes sobre os negócios que podem ser anunciados, reconheceu ainda que o novo coronavírus pode trazer impactos sobre o andamento do bilionário plano de desinvestimentos da companhia, mas frisou que até agora isso não foi observado.
"O que a recessão (prevista devido ao coronavírus) influencia é talvez no atraso da execução de alguns projetos, mas até agora ele (programa de desinvestimentos) permanece intacto. Dentro de pouco tempo, nós teremos boas notícias para anunciar com a realização de algumas vendas", afirmou Castello Branco, durante a transmissão, via internet.
O presidente destacou que o principal grupo de ativos colocados à venda pela companhia envolve oito refinarias e suas infraestruturas associadas.
Segundo ele, não houve por parte dos proponentes que passaram para a fase de ofertas vinculantes no processo de desinvestimento qualquer manifestação de desinteresse. Assim, a companhia está confiante de que conseguirá assinar acordos de venda de refinarias até o fim deste ano, para concluir os negócios em 2021.
O plano de desinvestimento visa permitir que a empresa foque nos ativos de maior retorno financeiro, essencialmente na produção de petróleo em águas profundas, e reduza a dívida, que ficou em cerca de 89 bilhões de dólares no fim do primeiro trimestre, ante 87 bilhões no fim de 2019.
Castello Branco apontou que, "no contexto atual, manter a dívida constante será uma vitória".
A meta da Petrobras é encerrar o ano com dívida bruta de 87 bilhões de dólares.