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Petrobras nega atraso para desativar plataforma que vazou no Rio

O vazamento do tanque da plataforma Cidade Rio de Janeiro criou uma mancha de óleo no mar de pelo menos 38 km, por 20 metros de largura

Petrobras: a estatal informou que o Ibama ainda não se posicionou sobre o projeto de desligamento (Divulgação/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de janeiro de 2019 às 17h41.

Brasília - A Petrobras negou que tenha atrasado a entrega do plano de desativação de plataforma flutuante que, nesta semana, despejou 4,9 mil litros de óleo no mar do Rio de Janeiro , em decorrência de um acidente que ainda não teve a sua causa esclarecida. O vazamento do tanque da plataforma Cidade Rio de Janeiro criou uma mancha de óleo de pelo menos 38 km, por 20 metros de largura.

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira, 4, revelou que a Petrobras entregou um plano de "descomissionamento" do navio-plataforma ao Ibama em junho de 2018. Uma segunda versão do plano foi entregue cinco meses, em dezembro.

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Por meio de nota, a Petrobras informou que não houve atraso em sua proposta de desativação. "O plano de descomissionamento - termo técnico para desativação e remoção de uma plataforma de sua locação - foi apresentado ao Ibama em junho, tempestivamente, portanto, em relaçãoao pedido de descomissionamento" informou.

Segundo a petroleira, "pelo fato de o conjunto de regras que regem o processo, em termos ambientais, ainda estar em processo de construção no Brasil, uma série de discussões técnicas junto ao órgão ambiental foi desenvolvida. Para viabilizar a evolução das discussões, a Petrobras decidiu, então, revisar o plano apresentado inicialmente".

 

 

A estatal informou que o Ibama ainda não se posicionou sobre o projeto de desligamento. "A Petrobras reitera que aguarda a formalização do Ibama quanto à avaliação do plano apresentado."

A responsabilidade pela operação e manutenção da FPSO Cidade Rio de Janeiro era da empresa japonesa Modec, contratada pela Petrobras para administrar a plataforma. O Ibama já informou que vai punir a estatal por conta do dano ambiental. O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro também deverá ser acionado para abrir processo criminal devido ao incidente.

Nesta sexta-feira, o Ibama informou que mergulhadores faziam o "tamponamento do furo", como medida definitiva. "Até o momento não há indicativo de chegada de óleo nas praias da região e não foram avistados animais atingidos pelo vazamento", afirmou a coordenadora-geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) declarou que o vazamento de óleo foi contido e que faria um sobrevoo sobre o local neste sábado, 5, para avaliar a situação, além de apurar as causas do incidente.

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