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Petrobras e HRT esperam petróleo entre US$ 80 e US$ 100

Em decorrência dos conflitos políticos na Líbia e na região, preço do barril pode mudar, segundo executivos

Barris de petróleo: Para Márcio Mello, da HRT, o valor deve superar os 100 dólares por barril (Joe Mabel/Wikimedia Commons)

Barris de petróleo: Para Márcio Mello, da HRT, o valor deve superar os 100 dólares por barril (Joe Mabel/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 18h28.

São Paulo – Tanto o presidente da HRT, Márcio Mello, quanto o diretor financeiro da Petrobras, Fernando Barbassa, acreditam que os preços do petróleo vão permear os 100 dólares por barril em 2011. Para Mello, o valor deve superar os 100 dólares por barril. "Estamos numa era das commodities, a cada dia o consumo será maior", disse Mello.

Já para Barbassa, o preço deve superar os 80 dólares por barril, mas ficar abaixo de 100 dólares por barril. "Minha perspectiva para o petróleo de longo prazo é de preços maiores, o que vai levar a produzir mais petróleo. Vejo isso como conseqüência natural do crescimento da economia e a China lidera isso hoje", disse Barbassa.

Os conflitos políticos na Líbia, vão exercer uma pressão sobre o preço do petróleo em 2011, especialmente no final do ano e no início de 2012, segundo Mello. O executivo aposta que os preços subirão para cerca de 120 a 125 dólares o barril em 2012. “Ele não pode subir muito porque a pressão da cadeia industrial sobre o petróleo é muito alta”, disse.

Para Barbassa, dependendo dos regimes que serão implementados na Líbia, Tunísia e Egito, esses países poderão ser um permanente incômodo para vários grandes produtores. Se não houver danos às instalações físicas, o diretor prevê preços entre 80 dólares o barril e 100 dólares o barril.

"O problema da Líbia é seríssimo, e é da Argélia, da Tunísia, de todos aqueles países, que terão que voltar ao equilíbrio e isso vai fazer pressão na área de petróleo e nos minerais", disse Roberto Castello Branco, diretor de Relações com Investidores da Vale.  “O terremoto do Japão não muda nada do ponto de vista estrutural”, disse. Segundo o diretor, o preço do minério de ferro se recuperou. “O importante é a demanda chinesa, e  agora a indiana”, disse. Barbassa, Mello e Castello Branco participaram hoje da Cúpula Econômica da Bloomberg no Brasil.
 

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