Pela primeira vez uma mulher presidirá a BBC
Rona Fairhead substituirá Christopher Patten, de 70 anos, na presidência da British Broadcasting Corporation
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2014 às 13h36.
Londres - Rona Fairhead foi escolhida para presidir o conselho de administração da 'BBC', o que a transformará na primeira mulher à frente da emissora pública britânica, informou neste domingo o próprio canal.
Fairhead, de 53 anos e ex-conselheira delegada do grupo 'Financial Times', substituirá Christopher Patten, de 70 anos, que em maio anunciou que deixaria a presidência da British Broadcasting Corporation ('BBC') por motivos de saúde.
A executiva assinalou que está consciente da 'enormidade' da tarefa encomendada, que enfrontará com 'emoção'.
'A 'BBC' é uma grande instituição britânica cheia de gente com talento e me sinto honrada de ser a presidente do BBC Trust (conselho de administração)', disse.
Rona Fairhead teve postos diretores no banco HSBC e na PepsiCo antes de ser, por 12 anos, até novembro de 2012, conselheira delegada do jornal econômico 'Financial Times', propriedade do grupo Pearson.
Sua nomeação à frente da 'BBC' é recomendação do ministro britânico de Cultura, Sajid Javid, que destacou a grande experiência de Fairhead à frente de multinacionais e sua capacidade de liderança, que aplicará à emissora pública.
Fairhead deverá comparecer ao comitê parlamentar de Cultura, Meios de Comunicação e Esporte, em 9 setembro, antes de ser confirmada como presidente do BBC Trust.
O conselho de administração da 'BBC' é o órgão do governo da emissora, independente da direção executiva, e se encarrega de tomar decisões estratégicas 'pelo interesse público, particularmente o daqueles que pagam pela televisão', segundo a lei que constituiu o BBC Trust em 2006.
Rona Fairhead presidirá a cadeia pública em tempos de mudanças e cortes, dois anos antes de terminar o acordo com o governo que a permite cobrar 145 libras (R$ 538) ao ano de todas as casas com televisão no Reino Unido, seu principal fonte de financiamento. EFE