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PDG mira redução de despesas para reorganizar operação

A construtora e incoporadora tem como meta um nível de despesas gerais e administrativas de 90 milhões de reais por trimestre

PDG Realty é a construtora mais lucrativa das Américas (EDUARDO MONTEIRO)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 16h25.

São Paulo- A estratégia da PDG Realty de priorizar a diminuição de despesas para gerar eficiência deve começar a beneficiar os resultados da companhia a partir do segundo semestre, quando essa linha do balanço deve ser reduzida.

A construtora e incoporadora tem como meta um nível de despesas gerais e administrativas de 90 milhões de reais por trimestre. Nos três primeiros meses do ano, essa linha ficou em 114,5 milhões de reais.

A meta, entretanto, é válida para o terceiro e quarto trimestres, considerando que o período de abril a junho ainda sofrerá os efeitos das mudanças em curso.

"Terá mais impacto no segundo semestre e, no ano cheio, em 2013, quando esperamos economia da ordem de 30 milhões a 40 milhões de reais", disse o vice-presidente financeiro da PDG, João Mallet, em teleconferência nesta terça-feira. "No segundo trimestre ainda temos muita coisa acontecendo, não conseguimos chegar lá." O executivo se referiu, principalmente, ao processo de implementação do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) que vai concentrar todos os processos da companhia em São Paulo.


"Vamos dar mais atenção ao controle de despesas", afirmou o executivo. "O CSC vai ajudar nisso, assim como a própria integração da Agre." A PDG encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de 32,5 milhões de reais, sete vezes inferior ao ganho apurado um ano antes, de 228,8 milhões de reais, e bem abaixo da previsão do mercado. A média de seis previsões obtidas pela Reuters estimava ganho de 159,3 milhões de reais para a empresa.

Se considerados ajustes por despesas referentes ao plano de opção de compra de ações e a apropriação da amortização do ágio, o lucro trimestral foi de 49,8 milhões de reais.

O resultado veio com queda anual de 38 por cento no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), para 221,6 milhões de reais, com a margem caindo de 23,8 para 15 por cento, também na comparação anual.

A PDG lançou 37 por cento menos empreendimentos entre janeiro e março, totalizando 1,115 bilhão de reais, equivalentes a 14 por cento do piso da estimativa para este ano, de 8 bilhões a 9 bilhões de reais. Já as vendas aumentaram em 5 por cento ano a ano, para 1,793 bilhão de reais de janeiro a março.

Com isso, a PDG registrou receita líquida de 1,476 bilhão de reais no trimestre até março, recuo de 2 por cento sobre um ano antes.

A companhia entregou 3,8 mil unidades no período, 11 por cento da meta de 34 a 35 mil unidades de 2012.

Com o foco na redução de despesas e maior controle dos projetos -que passam a ter cada vez menos participação de terceiros- a PDG deve manter, a partir do ano que vem, o mesmo patamar de entregas e lançamentos previsto para 2012.

"(A empresa) está estruturada para ficar na faixa de 30 a 35 mil unidades (entregues) por ano e VGV (Valor Geral de Vendas) da ordem de 8 bilhões a 9 bilhões (de reais) por ano", assinalou o presidente-executivo da empresa, Zeca Grabowsky.

As ações da companhia despencavam na Bovespa nesta terça-feira, reagindo ao balanço negativo. Às 16h11, o papel cedia 9,34 por cento, a 3,69 reais, enquanto o Ibovespa caía 2,15 por cento. No pior momento do dia até esse horário, os papéis da PDG chegaram a recuar 10,6 por cento.

Transição - Grabowsky voltou a mencionar o processo de transição no comando da companhia, que ganhou destaque durante a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2011.

No início de abril, o executivo anunciou que tinha decidido permanecer no comando da PDG Realty, adiando a transição já prevista.

Segundo ele, o Conselho de Administração da empresa está "iniciando as conversas sobre transição, que não tem data para acontecer".

"Possivelmente será alguém de fora da PDG... o Conselho está discutindo o melhor perfil para dar prosseguimento ao processo de integração (da companhia)", disse Grabowsky.

Na última sexta-feira, Michel Wurman renunciou aos cargos de diretor vice-presidente e diretor de Relações com Investidores da PDG, quando foi substituído por Mallet. Wurman chegou a ser cogitado como possível substituto de Grabowsky.

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São Paulo- A estratégia da PDG Realty de priorizar a diminuição de despesas para gerar eficiência deve começar a beneficiar os resultados da companhia a partir do segundo semestre, quando essa linha do balanço deve ser reduzida.

A construtora e incoporadora tem como meta um nível de despesas gerais e administrativas de 90 milhões de reais por trimestre. Nos três primeiros meses do ano, essa linha ficou em 114,5 milhões de reais.

A meta, entretanto, é válida para o terceiro e quarto trimestres, considerando que o período de abril a junho ainda sofrerá os efeitos das mudanças em curso.

"Terá mais impacto no segundo semestre e, no ano cheio, em 2013, quando esperamos economia da ordem de 30 milhões a 40 milhões de reais", disse o vice-presidente financeiro da PDG, João Mallet, em teleconferência nesta terça-feira. "No segundo trimestre ainda temos muita coisa acontecendo, não conseguimos chegar lá." O executivo se referiu, principalmente, ao processo de implementação do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) que vai concentrar todos os processos da companhia em São Paulo.


"Vamos dar mais atenção ao controle de despesas", afirmou o executivo. "O CSC vai ajudar nisso, assim como a própria integração da Agre." A PDG encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de 32,5 milhões de reais, sete vezes inferior ao ganho apurado um ano antes, de 228,8 milhões de reais, e bem abaixo da previsão do mercado. A média de seis previsões obtidas pela Reuters estimava ganho de 159,3 milhões de reais para a empresa.

Se considerados ajustes por despesas referentes ao plano de opção de compra de ações e a apropriação da amortização do ágio, o lucro trimestral foi de 49,8 milhões de reais.

O resultado veio com queda anual de 38 por cento no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), para 221,6 milhões de reais, com a margem caindo de 23,8 para 15 por cento, também na comparação anual.

A PDG lançou 37 por cento menos empreendimentos entre janeiro e março, totalizando 1,115 bilhão de reais, equivalentes a 14 por cento do piso da estimativa para este ano, de 8 bilhões a 9 bilhões de reais. Já as vendas aumentaram em 5 por cento ano a ano, para 1,793 bilhão de reais de janeiro a março.

Com isso, a PDG registrou receita líquida de 1,476 bilhão de reais no trimestre até março, recuo de 2 por cento sobre um ano antes.

A companhia entregou 3,8 mil unidades no período, 11 por cento da meta de 34 a 35 mil unidades de 2012.

Com o foco na redução de despesas e maior controle dos projetos -que passam a ter cada vez menos participação de terceiros- a PDG deve manter, a partir do ano que vem, o mesmo patamar de entregas e lançamentos previsto para 2012.

"(A empresa) está estruturada para ficar na faixa de 30 a 35 mil unidades (entregues) por ano e VGV (Valor Geral de Vendas) da ordem de 8 bilhões a 9 bilhões (de reais) por ano", assinalou o presidente-executivo da empresa, Zeca Grabowsky.

As ações da companhia despencavam na Bovespa nesta terça-feira, reagindo ao balanço negativo. Às 16h11, o papel cedia 9,34 por cento, a 3,69 reais, enquanto o Ibovespa caía 2,15 por cento. No pior momento do dia até esse horário, os papéis da PDG chegaram a recuar 10,6 por cento.

Transição - Grabowsky voltou a mencionar o processo de transição no comando da companhia, que ganhou destaque durante a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2011.

No início de abril, o executivo anunciou que tinha decidido permanecer no comando da PDG Realty, adiando a transição já prevista.

Segundo ele, o Conselho de Administração da empresa está "iniciando as conversas sobre transição, que não tem data para acontecer".

"Possivelmente será alguém de fora da PDG... o Conselho está discutindo o melhor perfil para dar prosseguimento ao processo de integração (da companhia)", disse Grabowsky.

Na última sexta-feira, Michel Wurman renunciou aos cargos de diretor vice-presidente e diretor de Relações com Investidores da PDG, quando foi substituído por Mallet. Wurman chegou a ser cogitado como possível substituto de Grabowsky.

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