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Para o Carrefour, compra do BIG por R$ 7 bilhões sairá barata

Grupo varejista anunciou nesta quarta a aquisição do concorrente BIG, que amplia sua presença em quase 400 unidades no Brasil. Foco da compra é expansão do Carrefour nas regiões Sul e Nordeste

Loja do Carrefour: grupo varejista anunciou nesta quarta a aquisição do concorrente BIG, que amplia sua presença em quase 400 unidades no Brasil. Foco da compra é expansão do Carrefour nas regiões Sul e Nordeste (Germano Lüders/Exame)

Loja do Carrefour: grupo varejista anunciou nesta quarta a aquisição do concorrente BIG, que amplia sua presença em quase 400 unidades no Brasil. Foco da compra é expansão do Carrefour nas regiões Sul e Nordeste (Germano Lüders/Exame)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 24 de março de 2021 às 10h29.

Última atualização em 26 de março de 2021 às 10h57.

A compra da Grupo BIG pelo Carrefour Brasil, anunciada em fato relevante na madrugada desta quarta-feira, 24, saiu “barata”, de acordo com os executivos da empresa.

A compra foi anunciada no valor de 7,5 bilhões de reais, e deve ser concluída em 2022.

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta, os representantes do Carrefour no Brasil falaram sobre a aquisição do grupo BIG, que controla marcas como BIG, Super Bompreço, Maxxi Atacado, Walmart e Sam's Club.

De acordo com a empresa, o montante de 7,5 bilhões de reais está longe da média do mercado para o varejo. 

Segundo Sebastien Durchon, diretor financeiro do Carrefour, os custos para a abertura de uma loja atacadista giram em torno de 50 milhões de reais.

Com a compra das 387 unidades, o Carrefour desembolsa, em média, 20 milhões por loja. Por isso, a avaliação do grupo é de que a aquisição é um bom negócio.

“Estamos comprando quase 400 lojas. Dentro disso, tem lojas grandes, edifícios, supermercados. Nós achamos um preço muito bom, muito atrativo”, explica Noël Prioux, presidente do Carrefour no Brasil.

Em nota, o Carrefour disse que o lucro operacional da rede deve atingir 1,7 bilhão de reais três anos após a conclusão da operação, em 2022. Contudo, a rede já espera enxergar os primeiros sinais de lucro ao final do processo.

A compra ainda deve passar por aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A conclusão da aquisição está prevista para 2022.

Se aprovada, a previsão é de que o Carrefour pague um adiantamento de 900 milhões de reais, sendo 70% do valor em dinheiro e 30% em novas ações do Carrefour.

Segundo o comunicado divulgado nesta madrugada, a aquisição "expandirá a presença do Carrefour Brasil em regiões onde tem penetração limitada, como o Nordeste e Sul do país, e que oferecem forte potencial de crescimento".

" A transação também vai reforçar a presença do Carrefour Brasil em formatos nos quais tem presença mais limitada, em particular os supermercados (99 lojas Bompreço e Nacional) e soft discount (97 lojas Todo Dia)".

O comunicado diz ainda que a complementariedade dos negócios vai ampliar a base de clientes do Carrefour no Brasil de 45 milhões para 60 milhões de clientes, um aumento de 15 milhões.

Cisão entre atacarejo e varejo

Na coletiva de imprensa, os executivos do grupo também afirmaram que não pretendem fazer a cisão entre seus negócios de multivarejo e atacarejo, pelo menos no momento. 

Para o CEO do Carrefour, Noël Prioux, afirmou que para a empresa, um ecossistema global faz mais sentido que um sistema dividido.

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