Exame Logo

Pão de Açúcar investe para dobrar participação do Assaí

Grupo planeja investir mais de 1 bilhão de reais nos próximos três anos para dobrar tamanho da rede de "atacarejo"

Assaí do Grupo Pão de Açúcar: companhia espera inaugurar 60 unidades da rede  (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 11h39.

São Paulo - A ascensão da classe C tem levado grandes varejistas a rever estratégias e garantir mais atenção ao formato de "atacarejo", segmento no qual o Grupo Pão de Açúcar planeja investir mais de 1 bilhão de reais nos próximos três anos para dobrar seu tamanho.

"Esse é o foco de crescimento do grupo no plano de expansão. Serão mais de 1 bilhão de reais em investimentos em três anos", disse à Reuters o diretor de autosserviço e presidente do Assaí --bandeira de atacarejo do Pão de Açúcar--, Belmiro Gomes.

Segundo ele, no mesmo prazo, a companhia espera inaugurar 60 unidades no mesmo formato, dobrando a quantidade de lojas existentes hoje. A participação do segmento nas vendas do grupo também deve quase dobrar, saindo dos atuais 8 por cento para de 14 a 15 por cento até 2015.

Atualmente, o atacarejo responde por receita anual média de cerca de 5 bilhões de reais.

"O segmento vem tendo crescimento muito forte na última década, mas ganhou força nos últimos cinco anos, com a expansão das metrópoles e melhor localização (das lojas)", assinalou Gomes.

Caracterizado por lojas menos sofisticadas e menor variedade de produtos em relação a um hipermercado, o atacarejo --denominação que se consolidou ao unir atacado e varejo em uma mesma loja-- têm a seu favor, além de compras de maior volume com tíquete médio maior, a necessidade de investimento inferior ante um supermercado convencional pelo varejista.


"Por metro quadrado, o investimento é cerca de 40 por cento menor que de uma loja de varejo... Não tem açougue, padaria, peixaria", explicou o executivo do Pão de Açúcar. Segundo ele, cada loja do Assaí demanda aporte de 20 milhões a 25 milhões de reais.

Já a diferença de preço dos produtos comercializados em relação ao varejo convencional pode chegar a 15 por cento, resultado de uma operação mais simples com lojas que, em alguns casos, não têm ar condicionado e contam com baixa iluminação.

"Cada vez mais famílias têm buscado fazer compras de abastecimento mensal nesse segmento. A diferença de preço é tão relevante que vem atraindo consumidor não só da classe C", ressaltou Gomes.

"Embora o novo consumidor queira experimentar novidades, o preço ainda é fator determinante, por isso o atacarejo tem adquirido peso cada vez mais importante no setor supermercadista", disse o presidente da associação brasileira de supermercados (Abras), Sussumu Honda, citando a "escolha do consumidor por preço, não por serviço".

Nordeste no foco

Com o objetivo principal de atender as necessidades de compra das classes C e D, o atacarejo encontrou potencial para avançar com mais força na região Nordeste do país, que se tornou foco de expansão das grandes varejistas.

"As grandes redes estão acelerando a entrada nas regiões Centro-Oeste e Nordeste por meio desse modelo, se somando às redes regionais que se anteciparam e já desenvolveram o formato", disse o presidente da Abras.


Das 60 lojas programadas pelo Pão de Açúcar para os próximos três anos, de 23 a 26 unidades serão localizadas no Nordeste, segundo Gomes.

"Embora haja possibilidade de crescer no Sudeste, o Nordeste é o foco, onde existe uma necessidade muito grande", disse o executivo.

Outras redes também investem

Maior varejista do mundo, o Wal-Mart também está apostando no atacarejo como um dos motores de crescimento da empresa no Brasil.

"Os canais voltados à baixa renda foram os que mais abrimos lojas nos últimos cinco anos, quintuplicamos o número de lojas de atacarejo e vamos continuar investindo nesse formato", disse o vice-presidente de atacado do Wal-Mart Brasil, José Rafael Vasquez, se referindo às bandeiras Maxxi e Todo Dia.

A companhia tem previstas duas unidades de atacarejo a serem inauguradas ainda este ano e outras quatro até fevereiro de 2013, se somando às 58 lojas existentes. "É um dos vetores mais importantes de crescimento no Brasil", afirmou Vasquez.

O Carrefour conta com 89 unidades de autosserviço e 12 centrais de atacado do Atacadão, que está presente em 22 Estados e no Distrito Federal, sendo 24 lojas na região Nordeste.

Neste ano, o grupo francês ingressou com o Atacadão em mercados ainda pouco explorados como Rio Branco (AC) e, na semana passada, abriu a primeira loja em Arapiraca (AL).

Veja também

São Paulo - A ascensão da classe C tem levado grandes varejistas a rever estratégias e garantir mais atenção ao formato de "atacarejo", segmento no qual o Grupo Pão de Açúcar planeja investir mais de 1 bilhão de reais nos próximos três anos para dobrar seu tamanho.

"Esse é o foco de crescimento do grupo no plano de expansão. Serão mais de 1 bilhão de reais em investimentos em três anos", disse à Reuters o diretor de autosserviço e presidente do Assaí --bandeira de atacarejo do Pão de Açúcar--, Belmiro Gomes.

Segundo ele, no mesmo prazo, a companhia espera inaugurar 60 unidades no mesmo formato, dobrando a quantidade de lojas existentes hoje. A participação do segmento nas vendas do grupo também deve quase dobrar, saindo dos atuais 8 por cento para de 14 a 15 por cento até 2015.

Atualmente, o atacarejo responde por receita anual média de cerca de 5 bilhões de reais.

"O segmento vem tendo crescimento muito forte na última década, mas ganhou força nos últimos cinco anos, com a expansão das metrópoles e melhor localização (das lojas)", assinalou Gomes.

Caracterizado por lojas menos sofisticadas e menor variedade de produtos em relação a um hipermercado, o atacarejo --denominação que se consolidou ao unir atacado e varejo em uma mesma loja-- têm a seu favor, além de compras de maior volume com tíquete médio maior, a necessidade de investimento inferior ante um supermercado convencional pelo varejista.


"Por metro quadrado, o investimento é cerca de 40 por cento menor que de uma loja de varejo... Não tem açougue, padaria, peixaria", explicou o executivo do Pão de Açúcar. Segundo ele, cada loja do Assaí demanda aporte de 20 milhões a 25 milhões de reais.

Já a diferença de preço dos produtos comercializados em relação ao varejo convencional pode chegar a 15 por cento, resultado de uma operação mais simples com lojas que, em alguns casos, não têm ar condicionado e contam com baixa iluminação.

"Cada vez mais famílias têm buscado fazer compras de abastecimento mensal nesse segmento. A diferença de preço é tão relevante que vem atraindo consumidor não só da classe C", ressaltou Gomes.

"Embora o novo consumidor queira experimentar novidades, o preço ainda é fator determinante, por isso o atacarejo tem adquirido peso cada vez mais importante no setor supermercadista", disse o presidente da associação brasileira de supermercados (Abras), Sussumu Honda, citando a "escolha do consumidor por preço, não por serviço".

Nordeste no foco

Com o objetivo principal de atender as necessidades de compra das classes C e D, o atacarejo encontrou potencial para avançar com mais força na região Nordeste do país, que se tornou foco de expansão das grandes varejistas.

"As grandes redes estão acelerando a entrada nas regiões Centro-Oeste e Nordeste por meio desse modelo, se somando às redes regionais que se anteciparam e já desenvolveram o formato", disse o presidente da Abras.


Das 60 lojas programadas pelo Pão de Açúcar para os próximos três anos, de 23 a 26 unidades serão localizadas no Nordeste, segundo Gomes.

"Embora haja possibilidade de crescer no Sudeste, o Nordeste é o foco, onde existe uma necessidade muito grande", disse o executivo.

Outras redes também investem

Maior varejista do mundo, o Wal-Mart também está apostando no atacarejo como um dos motores de crescimento da empresa no Brasil.

"Os canais voltados à baixa renda foram os que mais abrimos lojas nos últimos cinco anos, quintuplicamos o número de lojas de atacarejo e vamos continuar investindo nesse formato", disse o vice-presidente de atacado do Wal-Mart Brasil, José Rafael Vasquez, se referindo às bandeiras Maxxi e Todo Dia.

A companhia tem previstas duas unidades de atacarejo a serem inauguradas ainda este ano e outras quatro até fevereiro de 2013, se somando às 58 lojas existentes. "É um dos vetores mais importantes de crescimento no Brasil", afirmou Vasquez.

O Carrefour conta com 89 unidades de autosserviço e 12 centrais de atacado do Atacadão, que está presente em 22 Estados e no Distrito Federal, sendo 24 lojas na região Nordeste.

Neste ano, o grupo francês ingressou com o Atacadão em mercados ainda pouco explorados como Rio Branco (AC) e, na semana passada, abriu a primeira loja em Arapiraca (AL).

Acompanhe tudo sobre:ComércioEmpresasEmpresas abertasEmpresas francesasPão de AçúcarSupermercadosVarejo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame