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Painel rejeita por unanimidade queixa da Boeing contra Bombardier

A decisão de 4 a 0 contra a Boeing é a última em uma longa disputa entre os EUA e o Canadá envolvendo o mercado de aviões

Bombardier: o Departamento do Comércio americano não poderá mais avançar com sua proposta para impor tarifas de até 300% sobre as importações de jatos Cseries (Qilai Shen/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 18h31.

Nova York - Em uma reviravolta para a Boeing , a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos rejeitou a queixa da gigante aeroespacial de que foi prejudicada por subsídios fornecidos à Bombardier , bloqueando efetivamente uma proposta do governo de Donald Trump para mais tarifas contra a fabricante de jatos canadense.

O painel comercial, que é um órgão independente, rejeitou nesta sexta-feira a afirmação da Boeing de que a Bombardier, com sede em Montreal, ganhou injustamente o primeiro leilão de uma nova linha de jatos para a Delta Air Lines, com o apoio ilegal do governo canadense.

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A decisão de 4 a 0 contra a Boeing é a última em uma longa disputa entre os EUA e o Canadá envolvendo o mercado de aviões e pode ajudar a aliviar as tensões entre os dois países. Os dois estiveram envolvidos em espasmos comerciais desde vendas de madeira até o futuro do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês).

A decisão desta sexta-feira significa que o Departamento do Comércio americano não poderá mais avançar com sua proposta, feito no fim do ano passado, para impor tarifas de até 300% sobre as importações de jatos Cseries, feitos pela Bombardier. Essas taxas só poderiam ser implementadas se o painel de comércio concluísse que a Boeing enfrentava sérios prejuízos decorrentes das importações da Bombardier.

Os membros da Comissão de Comércio Internacional dos EUA não forneceram uma explicação imediata para seus votos, mas a decisão sugere que o painel possa emergir como um controle do governo Trump na medida que procura usar a aplicação do comércio na tentativa de proteger os produtores americanos da concorrência estrangeira.

Após a notícia, as ações da Bombardier dispararam mais de 15% na Bolsa de Toronto, enquanto as ações da Boeing caíam 0,17% em Nova York.

Fonte: Dow Jones Newswires

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