Os cortes atendem a uma política da Arábia Saudita, para quem a demanda por petróleo está instável por causa da pandemia. A posição deve desagradar a Rússia, que gostaria de aumentar a produção já (Nick Oxford/Reuters)
Reuters
Publicado em 4 de março de 2021 às 06h30.
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e aliados incluindo a Rússia, um grupo conhecido como Opep+, têm considerado manter seus cortes de produção em março e abril, em vez de aumentar a oferta, uma vez que a demanda por petróleo ainda tem uma recuperação frágil devido a persistentes preocupações com o coronavírus.
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Os ministros da Opep+ terão uma reunião nesta quinta-feira, 4, para discutir os volumes de produção para os próximos meses.
O mercado vinha esperando que a Opep+ aliviasse seus cortes de oferta em cerca de 0,5 milhão de barris por dia (bpd) a partir de abril.
Também havia expectativa do fim de cortes de produção voluntários da Arábia Saudita, líder da Opep, de 1 milhão de bpd.
Mas nesta quarta-feira três fontes da Opep+ disseram que importantes membros da Opep sugeriram manter a produção da Opep+ inalterada em abril.
Não ficou imediatamente claro se a Arábia Saudita encerraria seus cortes de produção voluntários em março ou se eles continuariam mais tempo em vigor.
A posição da Arábia Saudita de manter os cortes de produção deve desagradar as lideranças da Rússia presentes ao encontro. Os russos querem elevar a produção logo para aproveitar o aumento na demanda com a expansão da economia mundial com a vacinação.
Ao que tudo indica, os sauditas devem manter a posição de cautela e, com isso manter os cortes na produção numa tentativa de manter a cotação da matéria-prima elevada em meio às incertezas.
Nesta quarta, os preços do petróleo saltaram em cerca de 1 dólar por barril com a posição dos sauditas de manter os cortes. A cotação do petróleo do tipo Brent, um dos mais negociados, estava perto de 64 dólares por barril nesta quarta-feira.