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Olympus reduz ativos em US$1,1 bi no balanço patrimonial

Empresa precisará fazer fusão, vender ativos ou levantar capital para reparar as finanças após irregularidades

O ex-presidente-executivo da Olympus Michael Woodford está fazendo campanha para voltar ao cargo e disse que rapidamente se mexeria para recapitalizar a empresa (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 10h55.

Tóquio - A Olympus divulgou os números da companhia depois de 13 anos de fraudes e revelou uma redução de ativos de 1,1 bilhão de dólares no balanço patrimonial, levantando especulações de que precisará fazer fusão, vender ativos ou levantar capital para reparar as finanças.

As fabricante de 92 anos de câmeras e equipamentos médicos publicou o equivalente a cinco anos de balanços revisados, além dos resultados do primeiro semestre fora do prazo, apenas algumas horas antes do prazo da Bolsa de Tóquio acabar e automaticamente a deslistar.

O mais recente balanço, para o fim de junho de 2011, mostrou uma diminuição de 84 bilhões de ienes (1,08 bilhão de dólares) em ativos líquidos. A Olympus acrescentou que no fim de setembro os ativos líquidos somavam 46 bilhões de ienes, contra os 225 bilhões de ienes em março de 2007.

Também revelou um prejuízo líquido de 32,33 bilhões de ienes nos seis meses até setembro, o que alimentou comentários de que precisará se mexer rapidamente para melhorar o balanço e afastar o risco de ser alvo de uma aquisição.

"Muito provavelmente a Olympus tem que levantar capital. É melhor para ela fazer fusão com outras do que se reestruturar", disse o vice-presidente de investimento da Investment Partners, da Ryosuke Okazak.

O ex-presidente-executivo da Olympus Michael Woodford está fazendo campanha para voltar ao cargo e disse que rapidamente se mexeria para recapitalizar a empresa.

Disse, no entanto, que priorizaria a entrada de grupos de private equity como sócios da empresa ou então um aumento de capital com emissão de novas ações.

Segundo Woodford, uma aliança estratégica faria a Olympus perder a independência, o "que, eu acho, a maioria dos empregados não iria gostar". O presidente Shuichi Takayama afirmou que talvez venda ativos ou aceite uma aliança para aumentar a base de capital da companhia.


Desde a demissão de Woodford e o estouro do escândalo contábil em outubro, há rumores de que concorrentes teriam interesse na Olympus, como as fabricantes de endoscópio Fujifilm e Hoya, além de companhias de private equity.

As ações da empresa, que perderam metade do valor, fecharam em queda de 4 por cento nesta quarta-feira.

Alguns investidores ficaram aliviados pelo menos porque a Olympus cumpriu o prazo para revisar os balanços, sem ter caído em insolvência técnica. A Olympus garantiu aos investidores que continuará a se financiar.

A Olympus demitiu o britânico Woodford do posto de presidente-executivo em 14 de outubro sob alegação de que ele não entendeu o estilo de gestão da companhia e a cultura japonesa.

Woodford, que entrou em 1980 na companhia, disse ter sido demitido por questionar o pagamento de 687 milhões de dólares a consultores na compra por 2,2 bilhões de dólares da produtora de equipamentos médicos Gyrus, em 2008.

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Tóquio - A Olympus divulgou os números da companhia depois de 13 anos de fraudes e revelou uma redução de ativos de 1,1 bilhão de dólares no balanço patrimonial, levantando especulações de que precisará fazer fusão, vender ativos ou levantar capital para reparar as finanças.

As fabricante de 92 anos de câmeras e equipamentos médicos publicou o equivalente a cinco anos de balanços revisados, além dos resultados do primeiro semestre fora do prazo, apenas algumas horas antes do prazo da Bolsa de Tóquio acabar e automaticamente a deslistar.

O mais recente balanço, para o fim de junho de 2011, mostrou uma diminuição de 84 bilhões de ienes (1,08 bilhão de dólares) em ativos líquidos. A Olympus acrescentou que no fim de setembro os ativos líquidos somavam 46 bilhões de ienes, contra os 225 bilhões de ienes em março de 2007.

Também revelou um prejuízo líquido de 32,33 bilhões de ienes nos seis meses até setembro, o que alimentou comentários de que precisará se mexer rapidamente para melhorar o balanço e afastar o risco de ser alvo de uma aquisição.

"Muito provavelmente a Olympus tem que levantar capital. É melhor para ela fazer fusão com outras do que se reestruturar", disse o vice-presidente de investimento da Investment Partners, da Ryosuke Okazak.

O ex-presidente-executivo da Olympus Michael Woodford está fazendo campanha para voltar ao cargo e disse que rapidamente se mexeria para recapitalizar a empresa.

Disse, no entanto, que priorizaria a entrada de grupos de private equity como sócios da empresa ou então um aumento de capital com emissão de novas ações.

Segundo Woodford, uma aliança estratégica faria a Olympus perder a independência, o "que, eu acho, a maioria dos empregados não iria gostar". O presidente Shuichi Takayama afirmou que talvez venda ativos ou aceite uma aliança para aumentar a base de capital da companhia.


Desde a demissão de Woodford e o estouro do escândalo contábil em outubro, há rumores de que concorrentes teriam interesse na Olympus, como as fabricantes de endoscópio Fujifilm e Hoya, além de companhias de private equity.

As ações da empresa, que perderam metade do valor, fecharam em queda de 4 por cento nesta quarta-feira.

Alguns investidores ficaram aliviados pelo menos porque a Olympus cumpriu o prazo para revisar os balanços, sem ter caído em insolvência técnica. A Olympus garantiu aos investidores que continuará a se financiar.

A Olympus demitiu o britânico Woodford do posto de presidente-executivo em 14 de outubro sob alegação de que ele não entendeu o estilo de gestão da companhia e a cultura japonesa.

Woodford, que entrou em 1980 na companhia, disse ter sido demitido por questionar o pagamento de 687 milhões de dólares a consultores na compra por 2,2 bilhões de dólares da produtora de equipamentos médicos Gyrus, em 2008.

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