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OGX desiste de vender fatias em blocos de petróleo

"A emissão dos bônus, que foi espetacular, cobriu completamente a necessidade de caixa", justificou Eike Batista

A OGX em breve assinará um contrato de fornecimento com uma das três maiores empresas petrolíferas do mundo (Oscar Cabral/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2011 às 19h41.

São Paulo - O bilionário Eike Batista disse na sexta-feira que sua empresa petrolífera OGX não está mais interessada em vender participações em campos petrolíferos marítimos, e planeja assinar dentro de um mês um contrato de fornecimento para uma grande empresa global do setor.

Depois de emitir 2,6 bilhões de dólares em papéis neste ano, a OGX não precisará vender participações nos seus campos, o que supostamente teria atraído o interesse das estatais chinesas Sinopec e CNOOC, disse Eike, homem mais rico do Brasil e oitavo mais rico do mundo segundo o ranking da revista Forbes.

"A emissão dos bônus, que foi espetacular, cobriu completamente a necessidade de caixa", disse o empresário em visita à sede da Reuters. "Atraímos exatamente o que precisávamos para vivermos às nossas próprias custas."

Eike se mostrou confiante diante do rápido agravamento da crise mundial. Disse que seus investimentos são "à prova de idiotas" e reiterou que seu império industrial de 30 bilhões de dólares pode facilmente resistir a uma queda acentuada no valor das suas ações, pois está amparada por 10 bilhões de dólares em caixa e em linhas de crédito.

A OGX em breve assinará um contrato de fornecimento com uma das três maiores empresas petrolíferas do mundo, à qual destinará o petróleo que começar a extrair no campo de Waimea, na costa brasileira, segundo ele.

"Quando assinarmos esse contrato, o mundo verá a qualidade do nosso petróleo", disse ele, que não quis identificar a empresa parceira por questões de regulamentações do mercado acionário.


Eike previu que suas cinco empresas com capital aberto, que atuam em setores como petróleo, mineração e logística, irão gerar um lucro EBITDA (sem levar em conta juros, impostos, depreciações e amortizações) de 1 bilhão de dólares em 2012.

A maioria das empresas dele por enquanto ainda não gera lucros, mas o empresário disse que elas começarão a pagar dividendos a seus acionistas em 2014.

A produção petrolífera da OGX ocorrerá em águas rasas, com custo relativamente baixo --ao contrário, por exemplo, da produção da Petrobras no pré-sal--, e por isso será vantajosa mesmo que a cotação do petróleo caia a níveis tão baixos como 24 dólares por barril, segundo ele. Sua produção, acrescentou, deve começar em novembro.

Eike estimou que a cotação do petróleo tipo Brent ficará em cerca de 90 dólares por barril no futuro.

As ações da OGX tiveram alta de 1,1 por cento na sexta-feira na Bovespa, cotadas a 11,7 reais, enquanto o índice amplo da bolsa fechou estável.

O otimismo de Eike se estende à produção brasileira de petróleo como um todo, que segundo ele deve passar dos atuais 2 milhões de barris diários para até 6 milhões. "Isso pode representar até 150 bilhões de dólares por ano."

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São Paulo - O bilionário Eike Batista disse na sexta-feira que sua empresa petrolífera OGX não está mais interessada em vender participações em campos petrolíferos marítimos, e planeja assinar dentro de um mês um contrato de fornecimento para uma grande empresa global do setor.

Depois de emitir 2,6 bilhões de dólares em papéis neste ano, a OGX não precisará vender participações nos seus campos, o que supostamente teria atraído o interesse das estatais chinesas Sinopec e CNOOC, disse Eike, homem mais rico do Brasil e oitavo mais rico do mundo segundo o ranking da revista Forbes.

"A emissão dos bônus, que foi espetacular, cobriu completamente a necessidade de caixa", disse o empresário em visita à sede da Reuters. "Atraímos exatamente o que precisávamos para vivermos às nossas próprias custas."

Eike se mostrou confiante diante do rápido agravamento da crise mundial. Disse que seus investimentos são "à prova de idiotas" e reiterou que seu império industrial de 30 bilhões de dólares pode facilmente resistir a uma queda acentuada no valor das suas ações, pois está amparada por 10 bilhões de dólares em caixa e em linhas de crédito.

A OGX em breve assinará um contrato de fornecimento com uma das três maiores empresas petrolíferas do mundo, à qual destinará o petróleo que começar a extrair no campo de Waimea, na costa brasileira, segundo ele.

"Quando assinarmos esse contrato, o mundo verá a qualidade do nosso petróleo", disse ele, que não quis identificar a empresa parceira por questões de regulamentações do mercado acionário.


Eike previu que suas cinco empresas com capital aberto, que atuam em setores como petróleo, mineração e logística, irão gerar um lucro EBITDA (sem levar em conta juros, impostos, depreciações e amortizações) de 1 bilhão de dólares em 2012.

A maioria das empresas dele por enquanto ainda não gera lucros, mas o empresário disse que elas começarão a pagar dividendos a seus acionistas em 2014.

A produção petrolífera da OGX ocorrerá em águas rasas, com custo relativamente baixo --ao contrário, por exemplo, da produção da Petrobras no pré-sal--, e por isso será vantajosa mesmo que a cotação do petróleo caia a níveis tão baixos como 24 dólares por barril, segundo ele. Sua produção, acrescentou, deve começar em novembro.

Eike estimou que a cotação do petróleo tipo Brent ficará em cerca de 90 dólares por barril no futuro.

As ações da OGX tiveram alta de 1,1 por cento na sexta-feira na Bovespa, cotadas a 11,7 reais, enquanto o índice amplo da bolsa fechou estável.

O otimismo de Eike se estende à produção brasileira de petróleo como um todo, que segundo ele deve passar dos atuais 2 milhões de barris diários para até 6 milhões. "Isso pode representar até 150 bilhões de dólares por ano."

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