OGX admite que produção em Tubarão Azul frustrou
"O campo de Tubarão Azul estabilizou antes do esperado", afirmou o presidente da petroleira, Luiz Carneiro
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 21h15.
Rio de Janeiro - A OGX , petroleira do empresário Eike Batista, admitiu nesta quarta-feira que a produção no campo de Tubarão Azul frustrou as expectativas da empresa, que anunciou, nesta terça-feira (26), um prejuízo de R$ 1,172 bilhão em 2012. "São bastante grandes os desafios para uma jovem empresa de petróleo e gás. O campo de Tubarão Azul estabilizou antes do esperado", afirmou o presidente da petroleira, Luiz Carneiro, em teleconferência de apresentação do resultado financeiro de 2012.
Em seguida, Carneiro pediu aos analistas de mercado que não extrapolem a frustração com o campo de Tubarão Azul para outros, como o de Tubarão Martelo. Nesse caso, as perspectivas são de "qualidade", de acordo com ele, assim como em outras frentes que são abertas na Bacia de Campos (RJ), como nos prospectos de Viedma e Tulum, onde são realizados os respectivos planos de avaliação da descoberta. "Estamos muito confiantes com essas áreas", disse Carneiro.
O mercado recebeu bem as informações. As ações da empresa subiram 3,91% e ajudaram a sustentar o ganho de 0,65% do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa. No início do dia, as cotações chegaram a cair 2,60%, na mínima, mas se recuperaram no fim do pregão desta quarta-feira. No ano, as ações da OGX ainda amargam queda de 45,43%.
Desde o dia 11, quando anunciou a queda da produção em Tubarão Azul, a OGX é punida pelo mercado. A notícia levou ao rebaixamento do preço-alvo da ação por alguns bancos, com destaque para o Bank of America Merril Lynch, cuja indicação passou de 5 para um real. A própria OGX fala em rever as projeções de volume recuperável em Tubarão Azul, admitiu o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Roberto Monteiro. O fator de recuperação deve ficar em 25%, disse.
Porém, a informação mais precisa sairá apenas após a conclusão do trabalho da empresa certificadora nos próximos meses. Em fevereiro, a produção na área foi de 11,3 mil barris de petróleo por dia, o equivalente à média de 3,8 mil barris/dia por poço. Para tentar reverter o prejuízo causado à imagem da empresa desde a divulgação da queda da produção, Carneiro focou a fala na teleconferência desta quarta-feira na mensagem de que a OGX atuará, daqui para frente, com "disciplina de capital".
Até mesmo a participação nas próximas rodadas de licitação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a aquisição de novas áreas exploratórias depende de outras fontes de recursos. "Há uma boa oportunidade. Mas não há mais espaço para endividamento", disse Monteiro.
Algumas soluções citadas são a venda de ativos, um aumento de geração de caixa com a produção na Bacia do Parnaíba, no Maranhão, além de um possível aporte de US$ 1 bilhão pelo sócio controlador, Eike Batista. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, após o anúncio do resultado financeiro de 2012, o presidente da empresa mencionou que a OGX considera "a possibilidade de revigorar a base de ativos com desinvestimentos, aquisições e importantes parcerias".
Rio de Janeiro - A OGX , petroleira do empresário Eike Batista, admitiu nesta quarta-feira que a produção no campo de Tubarão Azul frustrou as expectativas da empresa, que anunciou, nesta terça-feira (26), um prejuízo de R$ 1,172 bilhão em 2012. "São bastante grandes os desafios para uma jovem empresa de petróleo e gás. O campo de Tubarão Azul estabilizou antes do esperado", afirmou o presidente da petroleira, Luiz Carneiro, em teleconferência de apresentação do resultado financeiro de 2012.
Em seguida, Carneiro pediu aos analistas de mercado que não extrapolem a frustração com o campo de Tubarão Azul para outros, como o de Tubarão Martelo. Nesse caso, as perspectivas são de "qualidade", de acordo com ele, assim como em outras frentes que são abertas na Bacia de Campos (RJ), como nos prospectos de Viedma e Tulum, onde são realizados os respectivos planos de avaliação da descoberta. "Estamos muito confiantes com essas áreas", disse Carneiro.
O mercado recebeu bem as informações. As ações da empresa subiram 3,91% e ajudaram a sustentar o ganho de 0,65% do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa. No início do dia, as cotações chegaram a cair 2,60%, na mínima, mas se recuperaram no fim do pregão desta quarta-feira. No ano, as ações da OGX ainda amargam queda de 45,43%.
Desde o dia 11, quando anunciou a queda da produção em Tubarão Azul, a OGX é punida pelo mercado. A notícia levou ao rebaixamento do preço-alvo da ação por alguns bancos, com destaque para o Bank of America Merril Lynch, cuja indicação passou de 5 para um real. A própria OGX fala em rever as projeções de volume recuperável em Tubarão Azul, admitiu o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Roberto Monteiro. O fator de recuperação deve ficar em 25%, disse.
Porém, a informação mais precisa sairá apenas após a conclusão do trabalho da empresa certificadora nos próximos meses. Em fevereiro, a produção na área foi de 11,3 mil barris de petróleo por dia, o equivalente à média de 3,8 mil barris/dia por poço. Para tentar reverter o prejuízo causado à imagem da empresa desde a divulgação da queda da produção, Carneiro focou a fala na teleconferência desta quarta-feira na mensagem de que a OGX atuará, daqui para frente, com "disciplina de capital".
Até mesmo a participação nas próximas rodadas de licitação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a aquisição de novas áreas exploratórias depende de outras fontes de recursos. "Há uma boa oportunidade. Mas não há mais espaço para endividamento", disse Monteiro.
Algumas soluções citadas são a venda de ativos, um aumento de geração de caixa com a produção na Bacia do Parnaíba, no Maranhão, além de um possível aporte de US$ 1 bilhão pelo sócio controlador, Eike Batista. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, após o anúncio do resultado financeiro de 2012, o presidente da empresa mencionou que a OGX considera "a possibilidade de revigorar a base de ativos com desinvestimentos, aquisições e importantes parcerias".