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Odebrecht vê participação de América Latina crescer

Mercados da América Latina menos vulneráveis à flutuação dos preços das commodities devem ampliar a participação nas receitas da Odebrecht nos próximos anos

Construtora Odebrecht: ´"é uma cesta de países que nos dá mais segurança", disse executivo (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2015 às 18h15.

São Paulo - Mercados da América Latina menos vulneráveis à flutuação dos preços das commodities e com um aparato mais amigável para receber investimentos privados devem ampliar a participação nas receitas da Odebrecht nos próximos anos, disse o principal executivo da companhia para a região.

Com oferta de taxas de retorno consideradas mais compatíveis com o risco dos projetos do que no Brasil, modelos bem desenhados de project finance e expectativa de maior crescimento econômico, países como Peru e Colômbia devem concentrar os esforços da companhia para concorrência em licitações públicas, afirmou o presidente da Odebrecht Infraestrutura para América Latina, Luiz Mameri.

"É uma cesta de países que nos dá mais segurança", disse Mameri, mencionando também México e Panamá.

A ofensiva da Odebrecht no exterior acontece em meio aos efeitos da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras envolvendo grandes empreiteiras, incluindo a própria Odebrecht, cujo presidente, Marcelo Odebrecht, está preso.

No Peru, onde o grupo participa da construção da linha 1 do metrô da capital Lima, da hidrelétrica Chaglla e da construção de um gasoduto, a Odebrecht já planeja disputar a extensão do metrô e da concessão de estradas.

Na Colômbia, o plano é disputar uma estação de tratamento de esgoto (ETE), o futuro metrô de Bogotá e rodovias. As economias de Peru e Colômbia devem crescer ao redor de 3 por cento em 2015, segundo previsão das autoridades econômicas locais.

A previsão mais recente do mercado para o Brasil é de recuo de 3,05 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de 1,51 por cento em 2016.

No ano passado, a região, onde a empresa tem cerca de 23 mil funcionários, gerou uma receita de cerca de 3 bilhões de dólares, aproximadamente um terço do faturamento da divisão de engenharia do grupo.

Neste ano, mesmo com a desvalorização das moedas da região frente ao dólar, o montante deve se repetir. "A tendência para os próximos anos é que cresça a participação de América Latina nos resultados totais", disse Mameri, sem precisar um número.

Segundo ele, após a Lava Jato, a companhia tem sido alvo de "averiguações" de contratos em alguns países, "mas por enquanto isso não teve impacto nos negócios".

Nos últimos meses, a Odebrecht venceu um contrato de 1,5 bilhão de dólares para construção da segunda fase do metrô de Quito, no Equador.

Fora da América Latina, a companhia ganhou a concorrência para tocar a ampliação de duas rodovias na Flórida, nos Estados Unidos. Nesta sexta-feira, anunciou ter obtido um contrato de 797 milhões de dólares para um projeto de linhas de transmissão de energia elétrica em Angola.

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São Paulo - Mercados da América Latina menos vulneráveis à flutuação dos preços das commodities e com um aparato mais amigável para receber investimentos privados devem ampliar a participação nas receitas da Odebrecht nos próximos anos, disse o principal executivo da companhia para a região.

Com oferta de taxas de retorno consideradas mais compatíveis com o risco dos projetos do que no Brasil, modelos bem desenhados de project finance e expectativa de maior crescimento econômico, países como Peru e Colômbia devem concentrar os esforços da companhia para concorrência em licitações públicas, afirmou o presidente da Odebrecht Infraestrutura para América Latina, Luiz Mameri.

"É uma cesta de países que nos dá mais segurança", disse Mameri, mencionando também México e Panamá.

A ofensiva da Odebrecht no exterior acontece em meio aos efeitos da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras envolvendo grandes empreiteiras, incluindo a própria Odebrecht, cujo presidente, Marcelo Odebrecht, está preso.

No Peru, onde o grupo participa da construção da linha 1 do metrô da capital Lima, da hidrelétrica Chaglla e da construção de um gasoduto, a Odebrecht já planeja disputar a extensão do metrô e da concessão de estradas.

Na Colômbia, o plano é disputar uma estação de tratamento de esgoto (ETE), o futuro metrô de Bogotá e rodovias. As economias de Peru e Colômbia devem crescer ao redor de 3 por cento em 2015, segundo previsão das autoridades econômicas locais.

A previsão mais recente do mercado para o Brasil é de recuo de 3,05 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de 1,51 por cento em 2016.

No ano passado, a região, onde a empresa tem cerca de 23 mil funcionários, gerou uma receita de cerca de 3 bilhões de dólares, aproximadamente um terço do faturamento da divisão de engenharia do grupo.

Neste ano, mesmo com a desvalorização das moedas da região frente ao dólar, o montante deve se repetir. "A tendência para os próximos anos é que cresça a participação de América Latina nos resultados totais", disse Mameri, sem precisar um número.

Segundo ele, após a Lava Jato, a companhia tem sido alvo de "averiguações" de contratos em alguns países, "mas por enquanto isso não teve impacto nos negócios".

Nos últimos meses, a Odebrecht venceu um contrato de 1,5 bilhão de dólares para construção da segunda fase do metrô de Quito, no Equador.

Fora da América Latina, a companhia ganhou a concorrência para tocar a ampliação de duas rodovias na Flórida, nos Estados Unidos. Nesta sexta-feira, anunciou ter obtido um contrato de 797 milhões de dólares para um projeto de linhas de transmissão de energia elétrica em Angola.

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