Exame Logo

Odebrecht garante empréstimo de R$2,6 bi em prazo limite para pagar bônus

Empreiteira e bancos assinaram contratos de refinanciamento de dívida para confirmar um acordo informal fechado nesta semana

Odebrecht: conglomerado garantiu na quinta-feira um empréstimo de 2,6 bilhões de reais dos dois maiores bancos privados do país (Guadalupe Pardo/Reuters)
R

Reuters

Publicado em 25 de maio de 2018 às 10h02.

São Paulo - O conglomerado Odebrecht garantiu na quinta-feira um empréstimo de 2,6 bilhões de reais dos dois maiores bancos privados do país, às vésperas de um possível default em um bônus, disseram duas fontes.

A Odebrecht e os bancos assinaram contratos de refinanciamento de dívida para confirmar um acordo informal fechado nesta semana. Para finalizar os detalhes do acordo, no entanto, a Odebrecht ainda depende da conclusão da emissão de títulos locais que serão adquiridos pelos bancos.

Veja também

Nos termos dos contratos, o Itaú Unibanco e o Bradesco acertaram um empréstimo conjunto de 2,6 bilhões de reais para a Odebrecht. O desembolso ocorrerá em duas parcelas, sendo que 1,7 bilhão de reais serão liberados imediatamente e o restante vai ser desembolsado em dezembro, disseram as fontes.

A Odebrecht não comentou imediatamente sobre o assunto.

A Odebrecht usará parte dos novos recursos para pagar uma dívida de 500 milhões de reais em bônus emitidos pela unidade de construção Odebrecht Engenharia e Construção. Nesta sexta-feira expira o período de carência de 30 dias para o pagamento dos bônus e a empresa está correndo para cumprir os prazos com os credores.

O acordo também concedeu à Odebrecht mais um ano para pagar alguns empréstimos em troca de garantias adicionais prometidas a alguns bancos, disseram as fontes.

As negociações de refinanciamento envolveram o Bradesco, o Itaú, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Santander Brasil . Embora apenas o Itaú e o Bradesco tenham feito o novo empréstimo, todos os bancos tiveram que concordar que a Odebrecht assumisse mais dívidas e fizesse mudanças nas garantias.

A participação de 38,3 por cento da Odebrecht na petroquímica Braskem servirá como garantia colateral para mais de 10 bilhões de reais em empréstimos, incluindo o novo desembolso.

Acompanhe tudo sobre:BancosNovonor (ex-Odebrecht)

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame