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"Novo CEO da BRF deve vir de fora da empresa", diz Abilio Diniz

O conselho de administração da companhia aprovou, em reunião realizada hoje, o início do processo de sucessão do atual diretor presidente global

Abilio Diniz: "Não há nenhuma chance de novo CEO ser alguém da BRF" (AFP/Getty Images/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 19h57.

São Paulo - O novo CEO da BRF , que deve ocupar o cargo após a saída do atual presidente, Pedro Faria, em 31 de dezembro deste ano, deve ser um executivo de fora do quadro da empresa, afirmou nesta quinta-feira, 31, o presidente do conselho da companhia, Abilio Diniz, em teleconferência com jornalistas, logo após o anúncio.

Faria permanece na BRF pelo menos até o fim do ano e deve trabalhar no processo de transição. "Não há nenhuma chance de novo CEO ser alguém da BRF. Vamos buscar uma pessoa de fora, não ligada a nenhum acionista", disse.

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A BRF informou na noite desta quinta-feira que o conselho de administração aprovou, em reunião realizada hoje, o início do processo de sucessão do atual diretor presidente global da companhia.

A BRF disse ainda que está em processo de recrutamento do novo CEO Global, cujo nome será anunciado oportunamente. "É uma decisão em conjunto que parte de certa forma do Pedro", afirmou Diniz.

O executivo insistiu que a saída é a marca de um novo ciclo para a BRF e que Faria poderá continuar na empresa, embora, ainda não saiba como.

O atual CEO seguiu o mesmo discurso e disse que sua saída é motivada pelo "encerramento de um ciclo".

Ele disse que há um convite para que ele possa voltar para Tarpon Investimentos, de onde veio antes de assumir a BRF. "Mas agora não tenho essa decisão feita. Pretendo me dedicar ao máximo à BRF para fazer essa transição", disse.

Desde que ingressou na BRF, Pedro Faria fez parte do Conselho de Administração (2011-2013), foi CEO Internacional (2013-2015) e CEO Global (2015-2017). Neste período, a BRF consolidou sua expansão internacional.

A gestão da Tarpon à frente da BRF, no entanto, vinha sendo questionada. A companhia atravessou momentos conturbados, com o registro do primeiro prejuízo da sua história na conclusão de 2016, além da Operação Carne Fraca, que abalou suas operações no Brasil.

No início do mês, José Roberto Pernomian Rodrigues deixou o cargo de vice-presidente depois de ter sua prisão decretada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

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