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Novo CEO da Anglo American projeta cortes de US$1 bi em 2013

Menor das grandes mineradoras diversificadas tem ficado atrás de seus pares; mais recentemente, a companhia vem lutando contra problemas trabalhistas

Esteira da mineradora: promessa é cortar gastos em US$1 bilhão em 2013, reduzir pela metade projetos em andamento e reforçar minas mais lentas, visando retorno em 2016 (Anglo American/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 12h56.

Londres - O novo presidente-executivo da mineradora Anglo American expôs nesta sexta-feira seu projeto para uma reviravolta no baixo desempenho da empresa, prometendo cortar gastos em 1 bilhão de dólares em 2013, reduzir pela metade projetos em andamento e reforçar minas mais lentas, com o objetivo de elevar o caixa e os retornos em 2016.

O engenheiro australiano que se juntou a Anglo vindo da operação de ouro da AngloGold em abril, Mark Cutifani, delineou seus primeiros planos, apresentando juntamente resultados melhores do que o esperado no semestre, que ainda mostraram uma queda de 15 por cento no lucro.

O lucro operacional do primeiro semestre somou 3,3 bilhões de dólares, ante expectativa de 3,1 bilhões.

A Anglo, a menor das grandes mineradoras diversificadas, tem ficado atrás de seus pares durante a maior parte da última década. Mais recentemente, a companhia vem lutando contra problemas trabalhistas na África do Sul, onde ainda gera metade de seus ganhos, e com aumento de custos bilionários no Brasil.

"Estamos aproveitando o potencial que temos como grupo? A resposta é não", disse Cutifani a investidores e analistas, ressaltando que o desempenho da Anglo tem sido "inaceitavelmente pobre".

"Ao longo dos últimos oito (trimestres), apenas 11 por cento das operações estão entregando consistentemente em relação às metas --temos que melhorar isso." O rearranjo na companhia não ofereceu nenhuma solução rápida para problemas que se acumularam ao longo de décadas na Anglo, ou soluções específicas para qualquer uma das duas piores dores de cabeça --a operação de platina sul-africana e o projeto de minério de ferro Minas-Rio, que está atrasado.

Mas analistas saudaram os planos da empresa de promover uma mudança pesada na estrutura corporativa, com cortes de capital em 2013 de 1 bilhão de dólares --em grande parte no Minas-Rio, no Brasil.

"Não se trata de grandes mudanças no nível operacional, mas é sobre a introdução de uma abordagem mais disciplinada para o planejamento, a execução e entrega dos objetivos que temos", disse Cutifani.

A Anglo viu o capital total empregado mais do que dobrando desde 2007, enquanto a taxa de retorno sobre o capital foi reduzida em mais da metade.

A empresa agora busca um retorno sobre o capital empregado (ROCE, na sigla em inglês), uma medida do valor que uma empresa recebe de seus ativos, de 15 por cento em 2016, em comparação com 11 por cento no primeiro semestre e 8 por cento para o ano em bases anuais de preços à vista.

Para chegar lá, a companhia terá de aumentar seu fluxo de caixa em 3,5 bilhões de dólares, anualmente.

A Anglo, como muitos de seus pares, avalia também a venda de ativos que ofereçam vantagens para a empresa, embora Cutifani tenha dito que não haveria "bazar".

Ele confirmou que o grupo estava à procura de um parceiro para o projeto Minas-Rio, de 8,8 bilhões de dólares, acrescentando ter recebido muitas sondagens. Mas ele disse que, apesar dos problemas, a empresa não está sob pressão para vender o Minas-Rio.

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Londres - O novo presidente-executivo da mineradora Anglo American expôs nesta sexta-feira seu projeto para uma reviravolta no baixo desempenho da empresa, prometendo cortar gastos em 1 bilhão de dólares em 2013, reduzir pela metade projetos em andamento e reforçar minas mais lentas, com o objetivo de elevar o caixa e os retornos em 2016.

O engenheiro australiano que se juntou a Anglo vindo da operação de ouro da AngloGold em abril, Mark Cutifani, delineou seus primeiros planos, apresentando juntamente resultados melhores do que o esperado no semestre, que ainda mostraram uma queda de 15 por cento no lucro.

O lucro operacional do primeiro semestre somou 3,3 bilhões de dólares, ante expectativa de 3,1 bilhões.

A Anglo, a menor das grandes mineradoras diversificadas, tem ficado atrás de seus pares durante a maior parte da última década. Mais recentemente, a companhia vem lutando contra problemas trabalhistas na África do Sul, onde ainda gera metade de seus ganhos, e com aumento de custos bilionários no Brasil.

"Estamos aproveitando o potencial que temos como grupo? A resposta é não", disse Cutifani a investidores e analistas, ressaltando que o desempenho da Anglo tem sido "inaceitavelmente pobre".

"Ao longo dos últimos oito (trimestres), apenas 11 por cento das operações estão entregando consistentemente em relação às metas --temos que melhorar isso." O rearranjo na companhia não ofereceu nenhuma solução rápida para problemas que se acumularam ao longo de décadas na Anglo, ou soluções específicas para qualquer uma das duas piores dores de cabeça --a operação de platina sul-africana e o projeto de minério de ferro Minas-Rio, que está atrasado.

Mas analistas saudaram os planos da empresa de promover uma mudança pesada na estrutura corporativa, com cortes de capital em 2013 de 1 bilhão de dólares --em grande parte no Minas-Rio, no Brasil.

"Não se trata de grandes mudanças no nível operacional, mas é sobre a introdução de uma abordagem mais disciplinada para o planejamento, a execução e entrega dos objetivos que temos", disse Cutifani.

A Anglo viu o capital total empregado mais do que dobrando desde 2007, enquanto a taxa de retorno sobre o capital foi reduzida em mais da metade.

A empresa agora busca um retorno sobre o capital empregado (ROCE, na sigla em inglês), uma medida do valor que uma empresa recebe de seus ativos, de 15 por cento em 2016, em comparação com 11 por cento no primeiro semestre e 8 por cento para o ano em bases anuais de preços à vista.

Para chegar lá, a companhia terá de aumentar seu fluxo de caixa em 3,5 bilhões de dólares, anualmente.

A Anglo, como muitos de seus pares, avalia também a venda de ativos que ofereçam vantagens para a empresa, embora Cutifani tenha dito que não haveria "bazar".

Ele confirmou que o grupo estava à procura de um parceiro para o projeto Minas-Rio, de 8,8 bilhões de dólares, acrescentando ter recebido muitas sondagens. Mas ele disse que, apesar dos problemas, a empresa não está sob pressão para vender o Minas-Rio.

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