O laboratório suíço Novartis ofereceu 4,5 bilhões de dólares aos acionistas da Chiron, fabricante americana de vacinas, com o objetivo de obter seu controle total. A Novartis entrou no capital da empresa em 1995, apenas com o intuito de diversificar seus investimentos financeiros. Mas, após uma análise detalhada do portfólio da Chiron, o laboratório afirma que a empresa tem condições de se tornar uma plataforma estratégica de vacinas para os seus negócios (se você é assinante, leia ainda reportagem de EXAME sobre a atuação da Novartis no segmento de genéricos).

O leque de produtos da Chiron inclui produtos de grande interesse mundial, como a vacina contra o vírus da gripe aviária conhecida como influenza. A necessidade de desenvolver vacinas mais poderosas contra o vírus cresceu nos últimos tempos, depois que diversos governos começaram a alertar a população sobre uma possível pandemia de influenza. A corrida para obter uma vacina eficiente contra a gripe aviária também atraiu outros concorrentes de peso, como a Sanofi-Aventis e a Roche.

Além das vacinas, a Chiron desenvolve também novas tecnologias para análises de sangue, como as que requerem testes de DNA. Outra área de atuação são os biofármacos para doenças infecciosas e câncer. Segundo a Novartis, estas duas áreas irão complementar os trabalhos que o laboratório já desenvolve.

De acordo com o americano The Wall Street Journal, a Novartis ofereceu 40 dólares por ação, em dinheiro, para comprar os 112 milhões de títulos que estão nas mãos dos demais investidores. A expectativa é que, pelo menos, metade dos acionistas da Chiron aceitem a oferta. Em 2004, a empresa faturou 1,7 bilhão de dólares, uma pequena quantia, diante dos 28,2 bilhões em vendas da Novartis.