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Petrobras será menor e mais rentável em 4 anos, diz Bendine

O presidente da Petrobras disse que a estatal sairá muito mais madura e fortalecida do processo de crise


	Aldemir Bendine: segundo ele, dentro de quatro anos a estatal "será menor do que já foi, mas com certeza muito mais rentável e melhor do que é hoje e com maior capacidade operacional"
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Aldemir Bendine: segundo ele, dentro de quatro anos a estatal "será menor do que já foi, mas com certeza muito mais rentável e melhor do que é hoje e com maior capacidade operacional" (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 17h10.

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse hoje (15) que a empresa sairá muito mais madura e fortalecida do processo de crise.

Segundo ele, dentro de quatro anos a estatal "será menor do que já foi, mas com certeza muito mais rentável e melhor do que é hoje e com maior capacidade operacional".

Bendine, que participou hoje de um café da manhã de confraternização entre jornalistas e a diretoria empresa, garantiu que o programa de desinvestimento adotado este ano pela empresa foi muito mais um processo de estruturação. Assegurou que, no próximo ano, ele ocorrerá com maior intensidade e velocidade.

“Posso garantir que esse desinvestimento virá no próximo ano em uma velocidade muito maior do que se imagina. Não temos dúvidas de que cumpriremos o valor planejado, porque as condições estão dadas, as negociações em andamento e as perspectivas são grandes.”

De acordo com Aldemir Bendine, neste ano a empresa conseguiu surpreender o mercado e obter “um feliz retorno” na transferência de parte das ações da Gaspetro para o capital privado. Segundo ele, a empresa obteve retorno "muito acima do esperado e sem transferência do controle da subsidiária”.

Conforme o presidente da Petrobras, apesar de todas as adversidades do mercado, principalmente em decorrência da queda do preço do barril de petróleo no mercado externo, hoje o caixa permite à empresa enfrentar essas adversidades “com extrema tranquilidade”.

“A sinalização positiva do mercado nos permitiu antecipar as captações possíveis. Isso nos propiciou captações de linhas [de crédito] mais atrativas, possibilitando o refinanciamento da dívida da empresa. Mesmo com todo o cenário adverso, conseguimos abater a dívida da empresa em dólar em aproximadamente 5%. Portanto, a dívida líquida caiu.”

Bendine afirmou ainda que, em 2016, a estatal contará “com um caixa robusto para enfrentar compromissos e problemas mais desafiadores”. “Restará o grande desafio do equacionamento da dívida da companhia, que passa por esse processo de desinvestimento. Não temos outro caminho. A melhoria da eficiência não será suficiente para trazer a dívida para um valor mais confortável.”

“O Plano de Negócios [2016-2020] mais atualizado e maduro que apresentaremos no início do ano fará frente à nova realidade do mercado. À medida que concretizarmos as iniciativas de desinvestimento, veremos que o cenário da Petrobras será muito mais positivo”, acrescentou.

Sobre a crise com as denúncias da Operação Lava, Bendine afirmou que a empresa saiu mais madura e blindada. “Queria destacar que a empresa saiu muito mais madura e fortalecida, até porque implementa um processo de reorganização administrativa, com um modelo de governança mais eficaz e com melhores praticas de gestão. Isso se reflete em decisões mais maduras e blindadas do ponto de vista do real interesse da companhia.”

Para Bendine, a Petrobras mostrou que tem capacidade de trabalhar em um cenário adverso. “Era inimaginável que a empresa chegasse a ser obrigada a trabalhar com o petróleo a US$ 40 o barril, depois de o preço da commoditie ter fechado julho do ano passado na casa dos US$ 114. Estamos superando, mesmo em um cenário de incertezas econômicas”, concluiu.

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