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Ex-OGX prevê fluxo de caixa positivo para operações em 2014

A Oléo e Gás Participações, ex-OGX, prevê fluxo de caixa positivo para as operações de Tubarão Martelo e Tubarão Azul, na Bacia de Campos, em agosto de 2014


	OGX: a ex-OGX informou no dia 6 de dezembro que começou a produzir em Tubarão Martelo
 (Divulgação)

OGX: a ex-OGX informou no dia 6 de dezembro que começou a produzir em Tubarão Martelo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 17h29.

São Paulo - A Oléo e Gás Participações, ex-OGX, prevê fluxo de caixa positivo para as operações de Tubarão Martelo e Tubarão Azul, na Bacia de Campos, em agosto de 2014, segundo documento divulgado ao mercado nesta quinta-feira.

O fluxo de caixa consolidado da empresa, no entanto, continuará negativo ao final do ano que vem, em mais de 100 milhões de dólares, considerando despesas com o BS-4, com previsão de receita somente em 2017, entre outras.

As informações, antes confidenciais, foram fornecidas ao mercado após a petroleira de Eike Batista, em recuperação judicial, anunciar na véspera de Natal acordo com detentores de bônus de 3,8 bilhões de dólares, um avanço que pode abrir a porta para uma reestruturação bem-sucedida da empresa.

Em agosto do ano que vem, a Óleo e Gás prevê fluxo de caixa positivo de 10,8 milhões de dólares para as operações dos campos de Tubarão Martelo e Tubarão Azul --para este último, considerando somente alguns meses de produção. Depois, essa situação de contas no azul se repetiria mensalmente até dezembro de 2014, quando ex-OGX prevê saldo de caixa de 63,3 milhões de dólares.

A empresa destacou, no entanto, que para manter os investimentos em Tubarão Martelo (principal aposta para a sobrevivência da empresa) precisa de financiamentos no valor de 150 milhões de dólares em abril de 2014.

Para 2015, entretanto, o fluxo dos principais ativos da ex-OGX volta a ficar negativo, em 255,7 milhões de dólares. O saldo ficaria azul novamente a partir de 2017, segundo o plano de longo prazo, que prevê um "farm-out" do campo (venda de participação) para investimentos.

A ex-OGX informou no dia 6 de dezembro que começou a produzir em Tubarão Martelo. Quatro dos sete poços previstos pela petroleira para alimentar a produção do campo estarão produzindo até maio do próximo ano.

Gastos com o BS-4

O documento aponta ainda despesas milionárias nos próximos anos na área de outro bloco, o BS-4, com previsão de receita somente em 2017.


A Óleo e Gás, aliás, está em negociações com os parceiros do BS-4 sobre atraso no pagamento de aportes que deveriam ter sido feitos. Segundo um acordo (Joint Operating Agreement), a empresa pode ser retirada de BS-4 60 dias após o não pagamento (8 de janeiro de 2014).

O bloco, que deu origem aos campos de Atlanta e Oliva, é desenvolvido em consórcio formado por Queiroz Galvão Exploração e Produção (30 por cento), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (30 por cento) e pela petroleira de Eike (40 por cento).

Em nota divulgada na semana passada, a Queiroz Galvão afirmou que a empresa de Eike deixou de pagar 73 milhões de reais relativos a sua participação no bloco BS-4.

Tubarão Martelo

A Óleo e Gás também divulgou alguns dados atualizados sobre o campo de Tubarão Martelo.

A empresa elevou a projeção de preço de petróleo de 98 dólares por barril (FOB) para 103 dólares por barril, além de ter elevado as despesas operacionais (de 6,612 bilhões de dólares para 7,02 bilhões de dólares), principalmente em função de custos logísticos adicionais.

A companhia também informou que prevê menos investimentos, reduzindo o capex de 1 bilhão de dólares para 879 milhões de dólares.

As ações da Óleo e Gás fecharam esta quinta-feira em alta de 15,79 por cento, a 0,22 real cada.

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